48. Um Confronto Em Palavras Entre Minha Mãe e Meu Padrasto.

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Á noite faz uma chegada clássica com a lua cheia. Vestidos casualmente, León e eu pegamos a caminhonete e deixamos para trás a cabana com as portas e janelas trancadas, prevenindo que algum zé arrombado tente invadir. Eu sugeri que dá próxima vez colocássemos algumas armadilhas, já que tivemos pouco tempo agora. Ele curtiu a ideia por também fazer o estilo dele.

Colocando isso de lado, peço para darmos uma passadinha em algum super mercado, onde compramos uma garrafa de vinho tinto da marca Oliver.

- Acha que ela vai gostar? - pergunto meio duvidoso à León, segurando a garrafa nas mãos.

- É o favorito dela, né? Então, não tem pra que duvidar - responde ele, confiante, girando o volante para à direita. Entramos em uma rua a uns cinco quarteirões da nossa antiga casa.
Suspiro inquieto no banco do passageiro.

- Ei. Nada de nervosismo, baby boy. É a sua mãe - ele me adverte para o meu próprio bem.

- Eu sei. Acontece que você está vindo comigo.

- Preferia que eu não viesse? - ele me lança um olhar franzido e volta a focar na pista movimentada.

- Nem fodendo eu ia te deixar para trás. Quero você do meu lado. Mesmo que na frente dela.

Ele ri.

- Tá cogitando a possibilidade de ela envenenar o meu prato antes de servir o jantar? É por isso que você tá receoso? Ela ainda quer me matar, ou não mesmo?

Agora sou eu que acabo rindo.

- Embora ela quisesse ter feito isso a um tempo atrás, eu sinto que agora ela só quer conversar com você. Aliás, ela não curte vingança. Portanto, você está seguro.

- É bom mesmo.

Logo ele sai da rua, subindo com o carro pela calçada e estacionando em frente à garagem da casa. As luzes dos faróis morrem assim que ele desliga o motor. Descemos e andamos lado a lado até a entrada.

Passo a garrafa de vinho para as mãos de León, que me encara sem entender nada. Aperto a campainha. Com um olhar, dou o sinal de que ele deve entregar a bebida. Pode ser que a ajude na interação com minha mãe.

A porta abre e ela surge, bem arrumada como toda a mulher elegante e com um leve toque de maquiagem. Ela sorri. Nos abraçamos. Depois ela fica de frente para o meu padrasto.

- Como vai, León? - cumprimenta ela, cruzando os braços.

- Bem - responde ele, sério. - E você?

- Muito bem.

- Eu trouxe isso pra gente beber - ele suspende a garrafa de vinho Oliver.

- É o meu favorito - comenta ela, recebendo a bebida e dando uma olhadinha na logo pregada no vidro. - Venham. A macarronada está quase pronta. Mas ainda falta montar a mesa.

- Eu faço isso - ofereço-me sem cerimônia.

Eu conto com a ajuda voluntária de León para arrumar os pratos, talheres, copos e guardanapos para três lugares da mesa na sala de jantar. Durante a simples tarefa, o cheiro que vem da cozinha é fantástico, o que me faz flutuar até o local, encontrando minha mãe dando uma remexida na panela da macarronada com uma colher de pau. León também chega mais perto.

O espaço mesclado com a nossa presença abre na minha cabeça um álbum de recordações dos tempos que nos reuníamos ali.

- Quinn e Jeffrey passaram por aqui a uns dois meses atrás - conta a Sra. Wilson, tampando a panela e apagando o fogo. - Eu ainda tava tão chateada que tratei eles super mau. Algumas semanas depois eu me senti culpada. Liguei para eles e pedi desculpas. Eles disseram que já sabiam de tudo sobre o que aconteceu entre mim e você, León.

Meu Padrasto Irresistível (Romance Gay) - Agora No KINDLEWhere stories live. Discover now