𝟎𝟏 | 𝐎𝐍𝐄

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Essa é uma adaptação da fanfic original da @ / vickeyshy. Então todos os créditos pela história irão diretamente à ela.

             SEXUAL APPETITE

Eu não queria ser um semideus.

Ah, olá, mortal.

Se está se perguntando o que é ser um semideus, posso te responder com prazer. Sinceramente, é a pior coisa que poderia acontecer a alguém.

Não, não sou Percy Jackson, se é o que está pensando.

Nós somos parentes, mas não chegamos a ser próximos. Ele é filho de Poseidon e eu sou filho do filho do tio dele. Confuso, não é?

Deixe-me apresentar-me para vocês, então.

Meu nome é Pablo Martín Páez Gavira e sou filho de Apolo. É, aquele deus das músicas, do arco e flecha, das rimas sem graça, das profecias repentinas e do charme barato. O grande deus do Sol.

Não é lá muita coisa ser filho dele, para falar a verdade. Eu até acho sua irmã Ártemis mais legal, apesar de ela odiar todos os homens da Terra.

Ok, desculpa, pai, não precisa atirar uma flecha em mim, estava apenas brincando.

A questão é que é chato ser descendente de um deus, ter toda essa responsabilidade de herói e blá blá blá. Não que eu seja importante e tenha uma história tão relevante como Percy Jackson, Hércules ou até mesmo o outro Perseu. Ainda assim, cumpro missões e nas horas vagas luto contra monstros. Além disso tudo, sou disléxico e tenho déficit de atenção.

Perfeito, não?

Se também está se perguntando se sou charmoso e bonitão que nem Apolo, minha resposta é sim. Sou tão belo quanto meu pai, posso dizer, mas não sou um "deus grego".

Ha, ha, irônico. Ser chamado de deus grego é um elogio para os mortais. É estranho. Eles são bem peculiares.

As principais características que herdei do meu pai são a pele bronzeada, as sardas claras pelo rosto, os cabelos claros (que eu pinto de castanho por não curtir muito o tom) e o gosto pela arte. Música, principalmente. O resto é por parte da minha mãe. Meu nariz e meus olhos verdes são totalmente dela.

Este ano, ela me matriculou em outra escola, já que fui expulso da última.

Sim, também sou problemático como o Percy. É coisa de semideuses, isso de ser expulso de todos os colégios possíveis.

Não é ruim estar em novas escolas, até gosto de me socializar com os mortais e conversar. Só é um saco ter que estudar sendo disléxico e tendo déficit de atenção.

Ah, pai, por que invés de me "presentear" com esses transtornos não me deu um poder melhor?

No entanto, não posso reclamar. A distração durante as aulas me dá vantagens nas batalhas. Ter TDAH me fez um bom lutador, modéstia à parte. Eu e meu arco de ouro somos imbatíveis.

Sempre que entro em um colégio novo, torno-me popular. Sou simpático, divertido, brincalhão, caloroso e uma vista maravilhosa para os olhos humanos. E ainda estou sendo modesto. Sou uma ótima companhia, não há como negar.

O problema é que aparentemente nessa escola eu não tive tanto sucesso assim e eu sei bem o motivo.

Pedro González López.

Só de citar seu nome, sinto calafrios.

Em apenas uma semana de aula, ele conquistou os meus mortais. É injusto, eu que deveria estar rodeado de amigos e sendo paparicado por ser um ótimo cantor e tocador de ukelele.

𝐒𝐄𝐗𝐔𝐀𝐋 𝐀𝐏𝐏𝐄𝐓𝐈𝐓𝐄 - ᴳᵃᵈʳⁱ ᵃᵈᵖᵗ Onde histórias criam vida. Descubra agora