TEMP1 - EP11

179 26 14
                                    

O acusado foi conduzido diretamente para a prisão. Apesar de sua menor idade, 17 anos, o motivo da acusação era grave. Ao jovem foram entregues as roupas alaranjadas típicas do cárcere para a sessão de fotos. O número 248163264 foi fixado em uma plaquinha que ele segurava durante as imagens. As fotografias foram inicialmente capturadas com seriedade, mas o rapaz, carismático, sorriu e brincou em todas elas.

Após a divulgação das fotos, ele foi encaminhado para sua cela. Esta era uma pequena e austera sala, com paredes frias e pálidas, sem janelas para permitir a entrada de luz natural. Uma cama de metal simples e um vaso sanitário compunham a mobília escassa. As grades, sólidas e imponentes, delimitavam o confinamento do jovem. O ambiente sombrio e restrito refletia a gravidade do delito que ele estava sendo acusado.

Após cinco dias preso, sem direito a visita, Policial A. finalmente o tira de sua cela encaminhando para a sala de interrogatório

Policial A. - Podem deixa-lo aqui - fala direcionando aos dois policiais, os quais estavam segurando Diego com toda a força. Eles se retiraram empurrando o garoto para perto da cadeira - por favor - mostra a cadeira

Diego - Me ajuda aqui - pede mostrando as mãos algemadas, dando um breve sorriso de canto

Policial A. - Sorte a sua que estou de bom humor - se levanta e ajuda Diego a se sentar na cadeira

Diego - O que você quer - pergunta direto e reto

Policial A. - Eu só quero que pague pelos seus atos

Diego - Mas eu não fiz nada

Policial A. - Garoto, garoto - resmunga levando suas costas ao encosto da cadeira - Você não sabe metade das coisas que você fez - afirma, logo em seguida abre a gaveta e tira uma ficha

Diego - Isso tem muito tempo, mas só desta vez, acredite em mim, eu não fiz nada, eu não matei ninguém - responde com convicção

Policial A. - Impressionante essa sua firmeza - comenta abrindo a ficha criminal - Mas vou ter que adicionar mais um crime

Diego - Eu posso até ser um largado que só faz coisa errada, mas nunca, NUNCA, mataria alguém - afirma mais uma vez, com a voz suave

Policial A. - Não mataria? - pergunta e para de adicionar a ficha, olha para Diego e completa - Não mataria ele por alguém? - o menino tenta retrucar, mas nada sai da sua boca - Ainda acha que não matou?

Diego - Eu sei o que eu faço e o que não faço. Vou falar mais uma vez: não o matei

Policial A. - Contra fatos não há argumentos - responde e guarda a ficha criminal na gaveta - Enfim, não te chamei só para isso

Diego - Para que? - pergunta bravo batendo as mãos algemadas na mesa

Policial A. - A mensagem no caixão

Diego - E por que eu deveria falar disso com você?

Policial A. - Se não quiser dizer, não vou força-lo. Mas, saiba que tenho informações para vocês - Diego respira fundo e se ajeita na cadeira

Diego - Aquela mensagem, "Os Acitsúca Aiessido estão em perigo, salve-os", foi colocada depois do discurso - conta

Policial A. - O que te faz pensar nisso?

Diego - Quando chegamos, o caixão estava apenas com o corpo das irmãs, sem papel. Os Acitsúca Aiessido, no caso, Odisseia Acústica, já estava previsto que estavam em perigo por Giovanna antes de morrer - relata

MORRA OU VEJA A MORTEWhere stories live. Discover now