AMOR E MORDIDAS - ROSALIE HALE - POLIAMOR

CAPÍTULO TREZE

Eu não estava conseguindo disfarçar meu sorriso está manhã.

Poderia estar fazendo -100⁰c mas nada tiraria o sorriso do meu rosto.
Era o que eu achava se não tivesse visto Mike Newton vindo em minha direção na quadra enquanto estava fazendo uma pirueta.
- Oi Jenyzinha.
O ignoro continuando a dançar. Me deixe em paz Mike pelo amor de Deus.
- Qual é? Vai ficar me ignorando?
Bufo irritada apertando os dedos, pensando em não xingá-lo.
- O que você quer Mike?
- Como assim? Só estou puxando assunto com uma amiga.
- Ah claro, que baita amigo você é.
- Do que tá falando? - Ele fazia uma expressão de desentendimento. Além de idiota é cínico.
- Você acha que eu não sei que anda espalhando pra escola inteira que estamos namorando? - O olho com raiva. - O que você tem na cabeça?
- Não ...
- Ah, cala a boca. Você é só um garotinho frustrado que não sabe ouvir um não de alguém.
- Qual é Jenny, foi só uma brincadeira.
- Você está me vendo rir? Eu juro que fui paciente com você porque diferente de você eu não queria ferir os sentimentos de alguém, nesse caso os seus, mas eu não vou participar disso. Pare de espalhar pra escola toda que somos namorados e que vamos ao baile, nem fale mais comigo ou eu vou fazer pior do que só pedir. Estamos avisados.
Pego minha bolsa passando por ele saindo do ginásio. Que garoto idiota.
- Hey Baby.
Esbarro sem querer em Rose.
- Oi... - Dou um sorriso nada animado.
- Não está feliz em me ver?
- Não é isso, desculpe. É só aquele garoto idiota.
- Mike? - Sua voz não estava nada legal, então logo a acalmei. Sabe-se lá o que Rosalie é capaz de fazer.
- Isso, mas eu já resolvi. Não se preocupe.
A abraço devagar para não assusta-la. Seus braços me recebem. Mesmo sendo fria eu sinto seu corpo me aquecer. É estranho, eu sei mas eu acho que o...
- Você quer ir à floresta comigo? - Sua pergunta interrompe meus pensamentos.
- É agora que você revela seu plano maquiavélico de me seduzir e me leva pra floresta longe de todos e suga meu sangue até a última gota? - Brinco com ela e a faço rir.
- Como descobriu?
- Não me subestime.
- Ahh claro que não.
- Idiota.
Ela me olha por alguns segundos até me dar um beijo carinhoso.  Não consigo evitar de meu coração bater um pouco mais rápido.
- Eu gosto de fazer isso com seu coração. - Rose diz sabendo o efeito que causa em mim. Como fomos de grosserias a alguns dias atrás para esse momento tão rápido? Parece um sonho.
- E eu gosto dos seus olhos. - Digo tentando não ficar para atrás e a forma que ela sorrir me faz perder os sentidos.
Percebendo meu momento letárgico Rose me segura com um pouco mais de força.
- Você está bem?
- Seus olhos... - Sussurro, o que a faz piscar várias vezes fazendo charme. Viro uma manteiga derretida nos seus braços.
E vergonhosamente sou levantada nos seus braços bem na hora que os alunos saem das salas.
Me debato nos seus braços a fazendo rir alto.

Merda! merda!

Sua!

Ela me carrega pra fora da escola rindo, nossa que engraçada.

Muito divertido!

Seus irmãos olham pra nós e rir também.

Seus filhos da mãe!

- Rose me põe no chão!
- Fecha os olhos.
Solto um grito quando ela começa a correr com sua velocidade anormal por entre as árvores.
Minha mente entra em colapso. Não consigo sentir meu corpo. Fecho os olhos não percebendo que havíamos parado.

- Você é tão linda nos meus braços.
- Humm...
Me encolho mais a sentindo rir. Não me atrevo a abrir os olhos.
- Se você quiser ficar de olhos fechados tudo bem mas vai perder isso.
- O que? - Pergunto abrindo os olhos rápido e sério, eu preciso piscar várias vezes para o que precensio.
Se Rosalie já era maravilhosa do jeito que era, agora, brilhando mais que ouro se tornava a primeira maravilha do mundo.

Toco onde seu rosto brilha e ela fecha os olhos aproveitando meu toque.
- Eu havia me esquecido como é isso. - Ela diz baixo e a olho confusa.
- Como assim?
- Toque. Faz muito tempo que não sou tocada dessa forma. A última vez não foi nada agradável.
Seu rosto se preenche de dor e evito sentir pena. Eu sei que ela não precisa disso.
E foi, ainda nos seus braços, que Rose me contou sua história, de como ela se vingou daqueles que lhe fizeram mal.
Eu só ouvi em silêncio, deixando que ela ficasse livre para me contar como se sentia.
Isso só aumentou mais a minha admiração.

Eu a entendia. O porque mostrava tanta aversão aos humanos.
Porque me tratou daquela forma quando nos conhecemos.

Se eu tivesse passado por tudo que passou também reagiria daquela forma.

Eu deveria reagir como qualquer pessoa normal, me afastar. Afinal, se alguém soubesse o que eu sei agora já estaria a km de distância.

Não sou normal. Definitivamente não.

Acabo me perguntando o que Rosalie vê em mim. Eu sou uma humana que ela deveria odiar.

Por que mesmo inicialmente ela mostrando aversão a minha pessoa, ela não consegue ficar longe?
O que tem de diferente em mim?

É impossível não me fazer essas perguntas E eu não sei se irei gostar da resposta.

- O que tanto pensa?
Rose me carregava dessa vez sem correr até sua casa. E eu acho que estava a encarando tempo demais.
- Nada importante.
- É claro que é. Você suspirou, estreitou os olhos várias vezes, Enrrugou a testa e não tirou os olhos de mim. Me diga o que a preocupa.
Rosalie Hale era muito observadora.
- O que viu em mim Rose?
- Tudo.
- Como assim?
- Desde que eu pisei em Forks eu recebi várias olhares que não me agradaram nenhum pouco. As pessoas me vêem e me olham como se eu fosse um pedaço de carne. Você não tem ideia das coisas repugnantes que eu já ouvir naquela escola, não só ali mas em vários lugares. Você deve ter percebido a atenção que acabo recendo onde eu vou e isso me incomoda. Eu tenho vontade de matar cada pessoa que faz isso mas quando eu vi você olhando pra mim a primeira vez, eu confesso que fiquei irritada mas porque eu não gostei do sentimento novo que eu tive. Você me olha com adoração, com carinho, como algo a ser cuidado. Eu fiquei desarmada e só queria que você me odiasse e acabei a magoando e sinto muito por isso.

" Eu gosto como você me toca, como diz o meu nome, como sorrir pra mim, como fica com raiva, como fica fraca, como fica tímida, como geme o meu nome, como você pensa sobre mim."

" Eu não preciso ler sua mente pra saber o que você pensa e nem precido que diga pra saber o que quer dizer."

" Eu adoro o calor da sua pele mesmo não podendo senti-lo e eu odeio e ao mesmo tempo amo tudo isso. é novo sentir tudo isso mas eu não consigo ficar longe de você. Eu juro que penso nisso todo dia que seria muito melhor pra você que eu fique longe mas eu sou muito egoísta."

" Eu não quero assustar você com toda essa intensidade, não quero pressionar você pra se sentir da mesma forma, as coisas com nós vampiros pra você humanos é diferente, mas eu sinto que não posso deixar você longe quando até inconscientemente quero você perto."

Meu coração batia de uma forma descontrolada. Rose me deixou sem saber o que dizer durante muito tempo. Eu estava com medo de acabar falando algo idiota porque era só o que eu conseguia pensar.  Eu estava com medo e muito nervosa. Ela deve ter percebido que eu comecei a tremer em seus braços.
Eu nunca ouvi uma declaração tão linda quanto essa, nunca alguém me amou de uma forma tão intensa.
Eu acho que é isso que Rosalie quer dizer. Que ela me ama e que não quer me assustar.

Como ela pode me amar?

Eu sou só uma garota de Phoenix que se atreve a fazer algumas coisas legais pra se sentir mais corajosa, eu danço e gosto de ler, tenho um gosto pra música duvidoso e pra filmes.

O que tem de tão interessante pra que ela possa perder o seu tempo?

- Carlisle diz que é como a conexão entre companheiros funciona. Quando nos encontramos não conseguimos parar de pensar na pessoa, só queremos ficar perto dela e a proteger.
- Companheiros?
- Sim. Não são todos que são presenteados com um amor pra vida toda mas sim. E é ainda mais intenso entre nós vampiros.
- Então eu preciso virar uma vampira pra sentir tudo isso? - A forma como eu perguntei a deixou em silêncio. Eu não queria dar a entender nada de errado então, tratei de logo explicar. - Não quero dizer que não sinto nada por você.
Percebi que paramos, ela me põe no chão e a seguro.
- Eu sinto e é louco. Eu sinto tudo isso que você disse.
- Eu sei, estava falando sério quando disse que não precisa dizer pra que eu saiba o que quer dizer mas eu gostaria de ouvir.
- Estou confusa. Eu... - Ela concorda como se entendesse. - O que eu tenho de tão especial? Por que eu sou a sua companheira?
- Por que você não seria?
- Eu não sei, eu...
Escondo o rosto entre as mãos pra que ela não me veja chorando. Por que estou chorando?
- Jen...

Ah meu Deus... Não me chame assim.

Rose não diz mais nada só me puxa pra seu abraço e me deixa chorar.