01 | Eu confio em você, Doyoung.

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Doyoung irradiava felicidade

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Doyoung irradiava felicidade.

Kim tinha acabado de receber um email da Seoul National University parabenizando-o pela bolsa de estudos que conquistara após fazer uma prova de admissão semanas atrás. Era uma grande conquista, e uma oportunidade pra lá de importante para si, pois finalmente teria a chance de visitar a Coreia novamente, teria a chance de estudar na mesma universidade onde sua mãe havia se formado.

Embora tenha passado pouco tempo com sua progenitora, Kim Jiah, Doyoung sempre nutriu uma grande curiosidade sobre sua vida atual. Imaginava se ela tinha descoberto um novo amor, como estava fisicamente, e se tinha procurado ajuda médica. Esses pensamentos o acompanhavam a todo instante, lhe deixando um tanto curioso — pra não dizer ansioso —. Com o coração acelerado, Kim se apressou em direção ao pai para contar a notícia.

— Pai! Eu consegui! — O coreano disse aos gritos adentrando a cozinha.

— Que animação toda é essa? O que você conseguiu? — O homem perguntou terminando de colocar o último prato com panquecas de cebolinha sob a mesa.

— A bolsa, faculdade... Coreia! Eu vou pra Seoul National University! — De imediato, o pai do Kim mudou de expressão, adotando uma feição mais rígida. Estava feliz pela conquista de seu filho, mas saber que ele poderia encontrar a mulher que revirou a vida dos dois de ponta cabeça até o momento em que decidiram deixar a Coreia o causava náuseas.

— Doyoung... Eu achei que havíamos conversado sobre isso.

— Mas pai... — Balbuciou o Kim.

— Não vê que deixamos tudo naquele país para trás por causa daquela mulher? — O homem falava num tom calmo, mesmo sabendo que internamente estava um caos total.

Ter deixado seu país natal naquelas circunstâncias ainda despertava sentimentos tristes no Kim mais velho. Kim Jun-ho amava seu país de origem, amava todos os amigos que havia feito durante sua adolescência, e ver tudo ao seu redor ser destruído por causa de Kim Jiah, sua ex-esposa, o fez tomar atitudes drásticas para garantir a segurança de seu filho.

Sem aquela mulher por perto ele vai estar seguro. Pensava Jun-ho a todo momento em que a mulher tornava a assombrar seus pensamentos.

— Eu sei, pai. Eu entendo o seu medo, mas..., esse é o meu sonho, e o senhor sabe disso! — Doyoung se aproximou de seu pai, e o viu apertar os olhos, como se estivesse segurando o choro. Doyoung sabia que o homem evitava chorar em sua frente, tentava a todo momento ser um exemplo de força e bravura, mas naquele momento, a armadura que o homem pôs em si por tanto tempo, não era capaz de esconder o que estava sentindo. — Desde criança eu sempre desejei entrar nessa universidade.

— Filho, eu preciso pensar um pouco. — Jun-ho suspirou alto e deixou a mesa, depositando um breve selar na testa do filho, que deixou uma lágrima escorrer de seu rosto.

𝗸𝗼𝗿𝗲𝗮 𝗹𝗮𝘁𝘁𝗲 | 𝗱𝗼𝘁𝗮𝗲; 𝗺𝗮𝗿𝗸𝗵𝘆𝘂𝗰𝗸Onde histórias criam vida. Descubra agora