|Clarissa|
Escuto os fogos sendo lançados e meu coração já aperta na mesma hora, o Ruan fala com alguém pelo radinho e eu não entendo absolutamente nada de nada, olho pra ele assustada esperando saber se realmente era invasão ou qualquer outra coisa.
Ver ele indo embora me deixou um aperto muito grande, uma dor no peito angustiante que eu não sei explicar direito oque é.
Ele não ia deixar de ir pro confronto então eu queria ir com ele já que eu aprendi a atirar que ele mesmo me ensinou, Ruan obviamente não deixou eu ir, eu gostei? Nem um pouco, mas fingi que não tava nem ligando, a verdade é que eu quero ajudar ele nessa invasão e eu vou, ele querendo ou não.
Depois que ele saiu de casa eu apenas espero 10 minutos certinhos e saio comeu fuzil nas costas e minha pistola na cintura, os seguranças me barraram e eu sei que foi ele que mandou.
Cafezinho:Foi mal aí patroa, mas são ordens do chefe.- minha hora de brilhar...
-Você quer mesmo desobedecer uma ordem da herdeira do Comando vermelho?
Cafezinho: desculpa patroa, você vai poder mas vai ser com nós atrás, é perigoso.- apenas concordei e fui sendo seguida por eles, nunca vivi isso na minha vida mas é muita adrenalina, é bom e ruim ao mesmo tempo.
Um cara rival aparece no meu campo de visão e eu atiro acertando em cheio na cabeça do indivíduo, finalmente mostrando meus dons e o que eu aprendi durante essa semana com o Ruanzinho. Um dos caras atrás de mim avisa o Ruan que eu saí de casa e eu consigo escutar os xingamentos desse velho de longe.
Ele disse que está perto da gente e logo veio ele se.aproximar de mim com a cara de marrento dele.
Martini: tá fazendo oque aqui Clarissa, eu te disse pra ficar em casa.
- Amor eu não consigo, deixa eu ficar com você.
Cafezinho: eu tentei patrão,as não deu não pô.
Martini:vcs não podem com uma criatura desse tamanho? Porra.
- Tá querendo dizer oque com isso hum?
Martini:que eles são uns otário de ter deixado vc sair de casa.
- Ruan eu não consigo, eu quis vim pelo menos tentar te ajuda amor, não adianta você falar mais nada pq eu não vou voltar.
Martini: não sai do meu lado ouviu?
- tá bom- sigo ele com a arma destravada apontando pra todos os lados vendo se tem alguém, ele atira em alguém um pouco a frente e seguimos o caminho, a contenção tá na trocação TB pq o Ruan mandou então está apenas nós dois juntos.
Ele vai indo na minha frente atirando em quem aparecer e eu apenas o acompanho.
Martini: tá vendo aquele cara de costas ali? Mira na cabeça dele e atira.- ele fala baixo pra mim e eu confirmo com a cabeça, seguro o fuzil reto e miro certinho na cabeça de um homem, respiro fundo colocando minha marra pra fora e atiro acertando certinho nele, Ruan parece estar orgulhoso por eu ter aprendido.
-O melhor professor - sorrio rápido pra ele e seguimos descendo o morro aos poucos onde tem a maior concentração de Rivais.
- Ruan cuidado- vejo um cara apontando a arma pra gente e rapidamente atiro, respiro aliviada por ter se livrado dessa.
Nem eu estava conseguindo me enxergar ali, em uma trocação...
Martini:Deyvin tá chegando aí.- apenas confirmo com a cabeça, ele apressa os passos entrando em um beco estreito eu tento entrar no beco pra ir junto com ele mas Ruan manda eu esperar que ele vai apenas ver se tá tudo limpo pra podermos avançar mais, apenas espero queita no início do beco onde ele mandou eu ficar.
Os tiros cada vez mais altos por nós estarmos nos aproximando de onde está a maior concentração, meu coração acelera a cada momento como se fosse um aviso indicando algo, coloco a mão no peito tentando regular a respiração.
Ruan consegue ir até o fim do beco olhando prós lados, só consigo ouvir dois tiros sendo disparados, e atingindo o peito do Ruan, seu corpo indo pra trás pelo impacto e caindo no chão logo em seguida, a partir dali meu mundo caiu, meu amor estava ali, baleado no chão, não pensei duas vezes em correr até ele sem se importar com mais nada ao meu redor, ouço o grito do Deyvin tentando me chamar pra mim voltar pra lá, mas não dá, eu não posso deixar meu amor aqui.
Minha vista embaçada pelo choro que não para de descer em meu rosto, me sento no chão abraçando seu corpo cheio de sangue pelos tiros, vejo de relance a pessoa que atirou correndo, não sei quem é porém gravei o rosto na memória...
-Ruan, amor sou eu, volta pra mim Ruan - falo chorando sentindo a pior dor que pode existir no mundo, eu poderia ter levado um tiro ou qualquer outra coisa, mas perder uma pessoa que você ama dói muito mais.
Deyvin: Cla, vamo cara, nós não pode ficar aqui...- ele tenta me levar mais eu não me levanto e continuo no mesmo lugar abraçada com o meu amor.
-Ruan, você prometeu que ia voltar pra mim, cumpre sua promessa por favor amor...- falo soluçando em meio a tantas lágrimas que descem do meu rosto caindo no corpo dele, eu sabia que aquela angústia no peito não era normal, era um pressentimento e eu não consegui perceber Isso.
Eu poderia ter evitado isso ter acontecido, eu deveria ter impedido dele sair ou qualquer coisa, mas eu falhei miserávelmente.
Balanço o corpo desacordado do meu amor no chão, eu não consigo parar de lembrar do momento exato em que isso aconteceu, o corpo dele caindo pra trás depois dos disparos, parece um filme que está passando o replay mil vezes, não tiro isso da minha cabeça, eu poderia ter ajudado ele, eu poderia ter ido com ele, são tantos 'eu poderia' que eu vou enlouquecer.
-RUAN- grito o nome dele enquanto choro sentindo uma mão no meu ombro.
Deyvin:ele é meu parceiro e tu sabe disso, mas tu não pode ficar aqui se não vão te balear TB- vejo seu rosto vermelho TB, ele chorou pelo Ruan assim como eu...
- Ele é o meu amor, o meu Ruan - aliso o rostinho dele e vejo ele estar com a cara de marrento de sempre, choro mais ainda em ver ele assim, não pode ser, o meu Ruan não...
Sou puxada pelo Deyvin que me tira dali enquanto os tiros ainda estão altos, eu não queria deixar ele ali, eu não queria.
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↪LANCE CRIMINOSO
Fanfiction"Quero vê se ela mantém, oque prometeu pra mim. Isso sim que é uma loucura de amor..."
