O Ato de Amar II

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A sessão começou, primeiramente, Edgar interrogava um perito de balística.

Edgar (Acusação): Dr. Smith, as análises balísticas confirmam se a bala encontrada no corpo da vítima foi disparada pelo revólver apreendido?

Perito: Sim, Senhor Promotor. Os resultados indicam uma correspondência entre as características da bala e as do revólver em questão.

Edgar: Então, podemos afirmar que a arma encontrada foi usada no crime?

Perito: Sim, com alta probabilidade.

Edgar: Isso reforça a acusação contra o réu. Além disso, gostaria de ressaltar que a arma foi encontrada com as digitais de Sofia junto ao sangue da vítima.

- Sem mais perguntas - Edgar voltou ao lugar.

Fernando ouvia atentamente todas as acusações sobre Sofia.

Edgar se acomodou em sua cadeira enquanto Julião se ergueu e se dirigiu ao perito, mesmo que não fosse o mesmo originalmente designado para o caso.

- Senhor Smith - começou Julião, sua voz firme e determinada - durante o julgamento da ré, há vinte anos, foi realizado o teste da parafina?

Perito: - Não, não foi feito. O teste da parafina é uma técnica usada para detectar resíduos de pólvora na pele de uma pessoa, indicando se ela recentemente disparou uma arma de fogo.

Julião: - Entendo. Então, a ausência desse teste pode deixar lacunas na evidência?

Perito: - Exatamente. Sem o teste da parafina, não temos uma confirmação definitiva de que a ré tenha disparado a arma em questão.

Julião se dirigiu ao júri, proferindo sua defesa:

- Como vemos, a acusação tem tudo, menos uma prova real de que Sofia Monteiro disparou aquele gatilho. A ausência do teste da parafina deixa uma dúvida significativa sobre a participação dela no crime.

Fernando elevou olhar, com seriedade e frieza, tentando decifrar se tinham indícios sobre o verdadeiro assassino. Ou melhor, de si.

Cada palavra de Julião parecia aumentar a sua ansiedade, como se estivesse sendo exposto diante de todos, e ele lutava para manter a compostura.

- Pode-se afirmar categoricamente que Sofia Monteiro, disparou aquele gatilho?

- Não. Não é possível - Reafirmou.

-  A defesa encerra. - Se sentou ao lado de Sofia.

Sofia e as pessoas que lhe apoiavam sorriam, ela olhou Henrique que piscou.

O ambiente controverso é palpável enquanto Edgar se dirige ao juiz, solicitando permissão para apresentar sua próxima testemunha. O juiz concede, e Edgar vira-se para a plateia e júri, anunciando a chegada do Sr. Robert.

Robert entra na sala, seu semblante sério reflete a gravidade do momento enquanto ele se prepara para prestar juramento

Sofia ao olhar aquele homem, recordações do primeiro julgamento lhe batiam com força, ela se sentiu insegura.

Após prestar o juramento, Robert se posiciona no banco das testemunhas, encarando a sala cheia. O olhar atento dos jurados acompanha cada movimento. 

- Sr. Robert, pode nos dizer o que presenciou há vinte anos, o que relatou no primeiro julgamento?

Com uma expressão tensa, Robert descreve a cena em que testemunhou Sofia Monteiro e a vítima, Patrícia, envolvidas em uma discussão acalorada.

Fernando, com leve sorriso no rosto, trocou olhares com aquele homem, despercebido por todos. Ele relata os detalhes do confronto, os gestos acalorados e as palavras cheias de tensão trocadas entre as duas mulheres.

Na ContЯamão - o Amor Te Fará Livre © RETIRADA 25/07Where stories live. Discover now