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|Clarissa|

Mexo nos papéis olhando o lucro e o valor das mercadorias, fiquei até impressionada, é muito dinheiro.
Quero deixar esse morro do mesmo jeito de sempre, do jeitinho que o Ruan gosta...

Deyvin:Eae Cla, tá Dboa ?- ele diz entrando na minha mais nova sala.

-Tô levando né Deydey, por mim eu estaria trancada até agora, mas uma parte de mim pede vingança por todos que fizeram isso.

Deyvin:Tu tá certa pô, nós averiguou direito o bagulho lá do Silveira, e ele tem envolvimento com alguma coisa sim, se ele for o x9 realmente tu escolhe se vai querer matar ou se nós mata.

-Não, ele vai ficar guardadinho no galpão, quem vai matar ele vai ser o Ruan quando ele acordar.-  enxugo a lágrima solitária que desce em meu rosto.

Deyvin: jaé então, posso trazer os mano aqui agora pra tua reunião?

- Pode sim, vou dar as coordenadas pra pegar o Calixto e já faz isso o quanto antes.- ele apenas confirma saindo dali e eu continuo sentada esperando.
Um tempo depois a porta é aberta pelo Deyvin e o Ph e logo atrás deles um monte de meninos, alguns até menores de idade, muitos novinhos.
Alguns aqui eu já conheço, outros não. Todos me olhando com o máximo respeito, assim que eu gosto.

Ph:pode mandar teu papo perigosa.

-Bom, acredito que todos aqui já me conhecem, certo? Eu irei estar no comando enquanto o Martini estiver no hospital, quero que vocês realmente fechem comigo porque eu ser mulher não significa que eu tenho medo de matar ninguém, quero a lealdade de todos aqui sem exceção.

- Primeiramente, não quero menor de idade aqui. Garoto você tem quantos anos?

Xxx: tenho doze patroa.- o menino moreno magrinho responde.

-Você está nessa vida por que? Tão novo assim.

Xxx: necessidade mermo patroa.

-Ph, entrega um dinheiro aí pra ajudar o garoto.

Xxx: valeu mermo patroa.

-É pra comprar o que realmente precisa tá? E para de me chamar de patroa, você não trabalha pra mim.- ele confirmou todo feliz e saiu daquela sala, é muito triste você ver crianças sem escolha querendo entrar no mundo do crime, infelizmente é a realidade de muita gente...

Ph: vai dar o papo da invasão agora?-Confirmo pra ele.

-Prosseguindo, vamo invadir o morro da maré amanhã pela madrugada, o meu único objetivo ali no momento é o Calixto, se pegarem ele é pra trazer pra cá e recuar. Vou matar ele lá no morro dele, e partir dali vai ser meu.

Xxx:patroa, tu não vai botar tua cara não pô?

-Isso é uma missão, e quem vai fazer são vocês aqui, não eu. Se não quiser ir é só deixar o fuzil ali e sair por aquela porta.- falo apenas isso e o menino nega voltando pra sua postura.

Eu até poderia ir até lá sem medo algum, mas eu não quero ir, tô foda-se pra esse morro dele de verdade, o único que me interessa é ele. O morro provavelmente tem herdeiro e se não matar ele lá o morro não será meu, então pouco me importa TB.
Já tem esse morro aqui do Ruan e mais outro dele que é o Vidigal, que tá no comando do de lá é o Ph.

-Estão todos comigo sim ou não?

Xxx:sim patroa.

-Otimo então, os meninos vão deixar tudo preparado e qualquer outra eu aviso.

- E mais uma última coisa, não quero fofoquinha com amiguinhos aqui depois não, o que foi falado nessa sala, ficará aqui!

Deyvin:podem ir, cada um no seu posto.

Eles saíram da sala ficando apenas o Deydey e Ph, me sento de volta na cadeira respirando fundo, é difícil de ficar em um ambiente que só tem homem ao seu redor,  aqui na boca só tem eu de mulher.

Deyvin: patroa fortona Ein, mandou benzão.

-Obrigada Deydey, tentei ser o mais firme possível.

Deyvin:Os cara já levou o Silveira pro galpão, quer passar lá?

-Quero sim, olhar bem pra cara dele.

Saio da boca indo com o Deydey até sua moto, paramos em frente ao galpão que eu tenho poucas lembranças nesse lugar.

Entro na sala vendo o mesmo cara que eu achei suspeito um dia na casa do Ruan, eu sentia que tinha algo de errado com ele e olha aí né.

Silveira:me solta porra, eu não fiz nada.

-Ah não fez nada? O Martini tá no hospital por que então.

Silveira: Quem atirou nele foi os rival não eu.- ele diz com as mãos e pés amarrados, enquanto ele está sentado em uma cadeira.

-O x9 dessa porra aqui é você Silveira.
Não vem tentar me passar pra trás não pq eu não sou burra.

Silveira:eu tô ligado pô, máximo respeito.

-É pra rir né? Arranca os dedos dele por favor gotinha.

Eles fazem oque eu mandei enquanto eu apenas observo tudo com o olhar mais frio possível, minha vontade era de dar um fim nesse cara por ter traído o Ruan, mas eu prefiro deixar para o próprio matar, no caso o Ruan.
As esperanças são a última que morre e eu nunca vou deixar a minha morrer, o meu amor vai voltar pra mim e o que for preciso pra mim fazer eu faço...

Saio daquela sala depois de ouvir muitos gritos de dor, agonizante.
Chamo um vapor pra me levar pra casa, eu realmente deveria comprar uma moto pra mim, oque falta é só o dinheiro mesmo né.

Chego em casa muito cansada por sinal e recebo mensagem da minha doidinha da cabeça falando que vem aqui.

Mensagens

Rebeca: tá na onde?

Eu: cheguei em casa agora.

Rebeca: tô brotando aí.
Deixa a porta abertaaa.

Off

Atualizar ela de tudo e tbm preparar o meu psicológico, pq por mais que eu não tenha anunciado realmente que e estou no comando, uma hora isso vai vazar e aí tchau tchau pra minha vida de influencer digital...

Só os conselhos da Rebekinha agora.







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