↪LANCE CRIMINOSO

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|Clarissa|

Acordo com um pouco de dor de cabeça mas logo analiso o lugar que eu estou vendo ser uma luz muito clara num quarto branco só aí eu percebo que estou em um hospital.
Aos poucos me vem na mente realmente o que aconteceu enquanto eu estava desatenta prestando atenção no helicóptero atiraram em mim pelas costas só consegui ouvir mais um disparo sendo efetuado e apaguei em seguida.

Poliana: vejo que você já acordou, está se sentindo bem?

-estou com uma leve dor de cabeça e meu corpo está um pouco dormente, só sentindo um pouco de formigamento na lateral da minha barriga também.

Poliana: É bem normal já que você passou por uma cirurgia para remoção da bala.

-ocorreu tudo bem doutora ou houve alguma complicação?

Poliana: O ocorreu tudo bem mas a bala pegou bem próximo do seu útero o que pode dificultar você ter uma gravidez , mas isso não é 100% de certeza, certo?

-tudo bem doutora. -respondo sem animação eu não queria filhos agora mas pensar que eu não iria poder ter nunca mais na minha vida mexe com o psicológico de qualquer um, inclusive com don Juan que sempre mexia comigo dizendo que eu tinha um Ruanzinho da minha barriga...

Poliana: eu vou só pegar mais alguns exames que foram feitos seus e vou olhar cada um direitinho e então eu vejo se você está em condições de receber uma alta ou se aguarda mais um dia de repouso aqui.- apenas concordo e ela sai da sala me deixando sozinho mais uma vez.

Minutos depois ela volta com alguns exames na mão e se aproxima de mim começando a explicar.

Poliana: bom eu analisei bastante aqui os seus exames e também analisei as imagens de onde pegou realmente o tiro, posso dizer que passou bem perto do seu útero que poderia prejudicar em uma gravidez , mas eu vi que realmente não passou pelo seu útero realmente em momento algum, então caso como uma gravidez não irá ter complicações nenhuma.- respira aliviada por essa informação.

...

Pego minhas bolsas com a ajuda da minha mãe que veio me visitar e saio pelos corredores indo até a sala do Ruan, entre mãe do ele do mesmo jeito respirando com ajuda de um tubo na sua garganta e seus batimentos são encontrados pela máquina que apita a cada segundo.

-Oi meu amor, como você está? eu tava aqui também igual a você numa cama de hospital passei por uma cirurgia ontem mas já estou bem. só falta você para nós dois termos alta. -segura forte na mão dele vendo que temos mesmo conexão mesmo ele sendo tão distante e tão perto ao mesmo tempo de mim.

Em um momento de silêncio sinto um leve aperto na minha mão então já pula achando super estranho isso mas por dentro também feliz por porque pode ser um sinal, ou será que eu tô ficando doida ou é só a anestesia fazendo efeito ainda na minha mente?

-amor eu tô aqui com você tá queria muito que você voltasse para você ver tudo que eu fiz nesse tempo que você tava aqui uma semana para esse ano sem você aqui do meu lado me irritando me fazendo bem para caramba brincando comigo empinando comigo na mão tem com os meninos tantas coisas tantas memórias com você meu amor eu te amo tanto, você sabe disso. -falo com voz de choro já sentindo ele querendo vir, mais uma vez eu senti um aperto na minha mão e eu podia ter certeza que eu não estava ficando doida.

-A amor foi você não foi? fala que foi por favor meu amor, volta para mim Ruan.- eu falo já chorando e sinto pela terceira vez o aperto na minha mão me fazendo realmente ter 100% de certeza que era ele.

-amor eu te amo tanto, tanto, tanto eu sabia que te amava mas eu não sabia que seria tão impossível assim viver sem você meu amor. - sinto um aperto mais forte na minha mão como se quisesse me segurar para que eu não fugisse mais para lugar nenhum, depois dali eu só consegui ver o meu Ruan abrindo os olhos e me olhando intensamente da mesma maneira que eu estava olhando para ele enquanto as minhas lágrimas desciam pelo meu rosto incontroláveis.

-você acordou meu amor como você está Ruan? Tá respirando? -eu não conseguia nem pensar direito de tanta felicidade que eu estava na minha vida.

Ele tinha acordado o meu Ruanzinho acordou...

Martini: Morena... Calma.

-Não dá vida, esperei muito por esse momento.

Martini: tanto tempo assim?- confirmo sorrindo pra ele.- que bagulho é esse na tua barriga Clarissa?

-Depois eu falo sobre isso amor.

Martini:Quem fez isso contigo Papo reto.- nem respondo pq se não ele tem outra parada cardíaca aqui.

rapidamente pela euforia eu aperto o sininho que tinha ali em cima da bancada do lado da cama do Ruan chamando uma enfermeira.

Ela logo aparece no nosso campo de visão com uma prancheta nas mãos📋
O Ruan está acordado ela arregalar os olhos na direção dele.

Márcia: Que bom vê-lo acordado Ruan, como se sente?

Martini: Tudo nos conforme pô ,só um bagulho chato agoniando minha garganta para caralho. -repreendo ele com olhar pelo palavrão no meio de um hospital.

Márcia: É bem normal, são os aparelhos que estavam te ajudando a respirar corretamente. Irei fazer só mais alguns exames em você e se realmente tiver tudo bem você será liberado, com licença.

Ela sai da sala me deixou na sós com o Ruan mais uma vez eu só consigo sentir as lágrimas descendo pelo meu rosto com um sorriso enorme na minha cara, eu nem acredito que isso aconteceu...

Martini: Quanto tempo eu tô aqui moral?

-1 semana Amor, mas parecia um mês.
Você me escutava quando eu vinha aqui?

Martini:Ouvia tudo pô, mas eu não conseguia fazer nada não, eu tivesse um sonho mó dahora depois eu falo pra tu, aí tu realiza Jae?

-Depois que você me contar eu vejo se realizo ou não.

Abraço ele com cuidado vendo o mesmo cheirar meu cabelo, fecho os olhos sentindo minha paz de volta...

-Te amo muito, não faz mais isso comigo amor.

Martini:Eu te amo muito mais morena...

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