Pretendente

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— Estou tão feliz que todos decidimos voltar para Hogwarts no nosso último ano. Eu realmente não consigo imaginar como poderíamos ter vivido no mundo bruxo sem nossos NIEMs — disse Hermione.

Harry, Ron e Hermione estavam sentados juntos em um dos compartimentos do Expresso de Hogwarts, aproveitando aquela que seria sua última viagem até a escola. Estava quase escuro, não havia nenhuma nuvem à vista e eles estavam muito entusiasmados para começar o oitavo ano. Ou melhor, repitir o sétimo, já que os NIEMs e os NOMs foram cancelados devido a uma guerra violenta. Além disso, considerando que todos no ano letivo anterior estavam sujeitos a um constante terror e medo por suas vidas, Hogwarts ofereceu a todos que repetissem o último ano. Houve muitos primeiros anos.

— Bem, por um lado, acho que Harry não teria problemas para encontrar emprego, certo, cara? Todos eles iriam despedaçá-lo só para que todos pudessem ter um pedaço de Harry Potter, o Conquistador do Lorde das Trevas, para trabalhar para eles — Ron sorriu quando Harry jogou nele um sapo de chocolate, que prontamente pulou em cima de sua bagagem acima de suas cabeças. Ron seguiu-o com os olhos e quando desapareceu de vista ele apenas encolheu os ombros como se dissesse 'Vou buscá-lo mais tarde'.

— Não diga mais nada, Ron. Mesmo que você esteja certo, eu não gostaria de trabalhar para alguém só para que essa pessoa fique me encarando o tempo todo. Isso me dá arrepios — Harry estremeceu de forma incisiva.

— Além disso — continuou Hermione, — todo mundo que contratasse você apenas por ser você não teria cérebro. Desculpe, Harry — ela disse quando percebeu o olhar incrédulo que ele lhe dirigiu, — mas é a verdade. E você sabe disso.

Harry apenas assentiu. Ele sabia de tudo isso, claro, não era estúpido. Mas é totalmente diferente quando alguém diz isso em voz alta.

As árvores passavam nadando em um borrão de verde e marrom e Harry descobriu que isso o acalmava. Ele não precisava se concentrar, apenas deixar sua mente vagar por onde quisesse. Tranquilo. Ele precisava de paz.

— Já volto pessoal, terei que devolver isso para Luna, por algum motivo ela queria de volta antes de chegarmos ao castelo — ela deu de ombros e saiu do compartimento com uma braçadeira de contas.

Harry viu Ron lutando com outro sapo de chocolate, então se virou para a janela e deixou sua mente vagar novamente.

Não por muito tempo, porém, quando a porta se abriu novamente e Hermione voltou.

— Interessante — ela começou.

— O que é? — perguntou Ron, finalmente conseguindo pegar o sapo e decapitá-lo com os dentes.

— Nojento — disse Hermione, mas continuou, — Luna estava sentada com Susan e elas estavam conversando sobre a escola, quando Susan disse que o conselho escolar tentou impedir Snape de lecionar.

— Por que? — perguntou Harry. — Se não fosse por ele, metade das crianças ficariam ainda mais traumatizadas.

— Eu perguntei a ela, naturalmente, mas ela não sabia — Hermione encolheu os ombros. — Aparentemente, a maioria das pessoas tem o mesmo ponto de vista que você, Harry, então ele ficou.

Eles ficaram quietos pelo resto da viagem e começaram a recolher suas coisas assim que o trem começou a desacelerar. Eles caminharam lentamente para fora e imediatamente procuraram seu amigo meio gigante apenas para dizer olá antes de embarcar nas carruagens.

— Primeiros anos! Aqui, por favor! Siga a luz, sim, é isso, estou aqui e vou te levar ao castelo pela primeira vez! Você verá, é uma visão gloriosa! Por aqui! Primeiros anos! Isso é tudo de vocês? Bom, vamos seguir nosso caminho! — disse uma voz muito suave e estridente para ser a de Hagrid. Porém, por mais que tentassem vislumbrar a pessoa que estava ali em vez de seu grande amigo, não conseguiam ver nada por causa das filas movimentadas do corpo discente tentando chegar aos seus brinquedos. No momento em que foi pelo menos parcialmente limpo, a luz e o homem que a segurava não estavam mais à vista.

Suitor  | SnarryWhere stories live. Discover now