➳ Chapter Twenty two٭ - If it's torture

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"Meninos só querem amor se tiver tortura
Não diga que eu não disse, que eu não te avisei
Meninos só querem amor se tiver tortura
Não diga que eu não disse, que eu não te avisei

Então, vai ser para sempre
Ou vai acabar em chamas?
Você pode me dizer quando terminar
Se os momentos bons superaram a dor"

Taylor Swift - Blank Space

Cancún, México14 de março 10:40

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Cancún, México
14 de março
10:40

O terceiro comprimido desliza pela minha garganta, mas a dor persiste, como uma sombra insistente pairando sobre mim. A noite passada foi um pesadelo em loop, uma sucessão de momentos que eu preferiria esquecer. A cada vez que me viro na cama, a lembrança daquela noite assombra meus pensamentos, como se estivesse tentando me arrastar de volta para o abismo do passado recente.

Tudo começou de forma tão insignificante, tão mundana. Eu estava absorta em minha própria bolha, examinando os novos livros que acabavam de chegar para a livraria local. Nem percebi a presença de Lorenzo até que suas palavras quebraram meu mundo em pedaços. Ele, com sua voz suave, seu olhar arrependido, tentando me convencer a perdoá-lo. Mas cada palavra que saía de seus lábios só servia para reabrir as feridas que eu havia lutado tanto para cicatrizar. E assim, sem perceber, dei alguns passos para trás na jornada em direção à cura, me encontrando em um ponto ainda mais baixo do que antes.

Dividir o mesmo teto com ele é um fardo que eu carrego todos os dias. Evito-o como se fosse o próprio diabo, esquivando-me de seus olhares, de suas palavras, como se fossem veneno para minha alma. Cada vez que nossos caminhos se cruzam, sinto-me obrigada a desaparecer, a me esconder, a fingir que ele não existe. Mas essa farsa é exaustiva, drenando minhas energias e minando minha própria sanidade.

Não tenho para onde fugir, exceto talvez para os braços acolhedores de Lavínia, que me oferece seu refúgio com a promessa de conforto e paz. Mas ainda reluto em aceitar sua generosidade, aferrando-me à minha própria dor como se fosse a única coisa que me resta. Não sei o que fazer, como seguir em frente, como deixar para trás o peso do passado e abraçar o futuro incerto.

Então aqui estou eu, perdida em um labirinto de emoções conflitantes, buscando uma saída que parece cada vez mais distante. Talvez um dia eu encontre a paz que tanto anseio, mas por enquanto, estou presa neste ciclo interminável de dor e sofrimento, lutando para encontrar uma luz no fim do túnel escuro e sinuoso que é minha vida.

No fundo eu sei que não adianta ficar remoendo tudo isso, uma hora ou outra irei precisar dar um ponto final nesse sofrimento que não parece ter fim. Odeio tristeza, parece que todo esse tempo em que passei acumulando tristeza me fez esquecer de que sou feliz. Ficar chorando o dia todo pensando que essa dor jamais acabará não vai adiantar de nada, eu mesma preciso colocar um basta nessa situação, não é esperar que Lavínia ou Mariana façam algo por mim, já sou uma mulher, não uma criança que tem que ficar pedindo para os pais resolver seus problemas.

Minha Ragazza Atrevida - Família Rodríguez Livro 1 (Concluída) Donde viven las historias. Descúbrelo ahora