oi lindas, como estamos? espero que muito bem. É uma one, ok? era pra ser só um capítulo, mas eu dividi em 3. Espero que gostem, estou enferrujada, mas é isso aí 🫶
____________________________________________________________
GIZELLY B.
O Rio é realmente muito lindo. O pôr do sol então, meu deus, só não digo que é a coisa mais linda que eu já vi na vida, porque de mais belo que os meus olhos já viram foram outros em um tom esverdeado.
Vim aqui para um trabalho e acabei o dia sentada em uma mesa de bar observando o ir e vir das pessoas que por aqui passam. Que por aqui também põem fim ao dia e anseiam o amanhã.
Espero que o amanhã também seja lindo.
Ando esperando muitas coisas, mas com o chegar do amanhã me contento em poder tentar tudo outra vez.
Tem um pouco mais de 1 ano que terminei com Talles, não posso negar que estar com ele era cômodo, mas a minha zona de conforto começou a ficar tão desconfortável que eu decidi viver a minha vida fora dela.
E sem ele.
Não sei o que me aguarda, sequer sei se já me livrei dos karmas dessa vida e se poderei viver uma tranquila de agora em diante. Mas o que vier há de ser, se vier errado eu tento outra vez. De novo, e de novo. Até que o universo resolva realmente me entregar o que é meu e o que há de ficar comigo para sempre.
Queria que ele escutasse e atendesse meu coração, mas pelo tempo acho que não era mesmo para ser. Talvez o castanho e o verde que tanto diziam combinar era apenas histórias clichês que costumavam inventar.
Mas que pena que não é.
Não posso negar que o pouco que vivemos ainda vive muito em mim. Não é como se eu pudesse esquecer. É inesquecível. Ela é insuperável. Não há outra Rafaella por aí, mesmo que eu tenha tentado encontrar, não há.
- Uma cerveja pelos seus pensamentos - virei o rosto ao ouvir e dei de cara com ela, a dona dos meus pensamentos. Em carne, osso, e o mesmo sorriso sapeca de sempre. Sorri de lado e a observei.
- Estava pensando em você, acredita? - ela abriu a boca como se fosse falar algo, mas se calou. Eu ia dizer que era brincadeira, mas ela sorriu e sentou-se a mesa comigo.
- Cê não muda, né? - sorriu e eu neguei com a cabeça.
- O que te trouxe aqui? - perguntei enquanto observava ela se acomodar.
- Na verdade, eu venho aqui todo dia - respondeu descontraída - E você? O que te trouxe aqui?
- O trabalho - ela riu de canto e logo após pegou meu copo, fiquei apenas observando ela beber a minha cerveja.
- Ainda bem que é brahma - brincou.
- Claro, guardei as coisas boas que a minha ex me ensinou - ela riu e acabou negando com a cabeça.
- Cê realmente fica sem filtros quando bebe, ne? - falou e eu acabei rindo - Mas qual delas?
- Qual delas o quê, Rafaella? - pergunteisem tirar os olhos dela. Na verdade, não desviei o olhar uma vez sequer desde que ela apareceu aqui.
- Qual das suas ex?
- E eu tive alguma além de você? - perguntei observando seus olhos vacilarem, ela já não me olhava mais.
- Vai saber, ué - respondeu - Se teve algo escondido comigo, por que não teria com outras?
- Só foi escondido por que você quis - ela me olhou e nada falou. Olhou para o lado e levantou a mão para chamar o garçom e se virou para mim de novo.
