Com toda a honestidade, Tabitha já não sabia viver sem Calum. Desde o momento em que o conhecera no quinto ano, parecia-lhe estranho não o ter ao seu lado.
E ela não tinha a certeza de quando tudo começara. Se fora no dia em que ele prometera que a iria sempre proteger de tudo o que a pudesse magoar física e psicologicamente, se fora no dia em que ele a surpreendera com bilhetes para o concerto dos Fall Out Boy, se fora no dia em que ele lhe dissera que tinha dado o nome dela à sua nova guitarra, ou até mesmo se fora no dia em que ele relutantemente lhe dera a sua última bolacha simplesmente porque ela lha pedira.
Mas apesar de não ter a certeza de quando tudo começara, Tabitha tinha a certeza de que se apaixonara pelo seu melhor amigo, e havia momentos em que não existia nada que a assustasse mais.
-:-:-
O dia em que tudo começou era, à primeira vista, um dia normal. Ou, pelo menos, a rotina daquele dia pareceu normal.
Quando Calum apareceu no seu carro, Tabitha apressou-se a sair de sua casa e entrar no velho Mustang que pertencera ao pai de Calum.
-Já soubeste? - perguntou-lhe ele enquanto esta apertava o cinto de segurança.
Tabitha fitou-o com os seus olhos verdes.
-Já soube de quê?
-Os False Puppet vão atuar no Lovesick. Pensei que tivesses visto em algum sítio.
A rapariga ruiva deu por si a arregalar os seus olhos. Teria ela ouvido bem? Iria mesmo a sua banda preferida - apesar de pouco ou nada conhecida pelo resto do mundo - atuar no clube que ficava a poucas ruas de distância?
Como seria possível ter-lhe escapado esse anúncio?
-Não! - exclamou ela, sentindo o entusiasmo queimar-lhe o sangue. - Oh meu Deus, Calum, temos que ir! Tipo, temos que ir! São os False Puppet! Tens noção de há quanto tempo eu os quero ir ver!?
-Considerando que fui quem tos mostrou, acho que é seguro afirmar que estou há espera à mais tempo, - riu-se Calum sem nunca tirar os seus olhos da estrada. - Acho que o Joel arranjou bilhetes para os ir ver, foi assim que soube.
Tabitha franziu o sobrolho e baixou o olhar.
-Bilhetes? - repetiu, a palavra parecendo quase como cortante na sua boca. A sua mãe nunca a deixaria gastar dinheiro naquilo que considerava uma banda insignificante que só servia para roubar as pessoas do seu tempo e do seu dinheiro.
-Sim, bilhetes, - Calum assentiu. - Porquê?
-Sabes muito bem que a minha mãe nunca me vai deixar ir. Só me deixou ir ao concerto dos Fall Out Boy porque foste tu que pagaste pelos bilhetes.
-Não te esqueças dos bilhetes dos All Time Low, também te paguei esses.
Com um resmungo, Tabitha revirou os olhos.
-Não estás a melhorar a situação, Cal.
-Eu sei, - riu-se o rapaz, colocando uma mão na coxa da rapariga sentada ao seu lado. - Por isso é que lembrei a minha mãe que os teus anos estão a chegar.
Foi impossível para Calum não se rir quando viu a rapidez com que Tabitha arregalou os olhos ao ouvir aquelas palavras. As mãos dela, pequenas e pálidas, apertaram a mão que ele tinha na sua coxa, e, conhecendo-a como ele a conhecia, Calum não tinha dúvidas de que ela deveria ter lágrimas a queimarem-lhe os seus olhos verdes.
-Estás a falar a sério? - sussurrou Tabitha.
-Não, Tabitha, eu é que sou um sacana sádico e disse-te isso só para te pôr a chorar a seguir. Claro que estou a falar a sério!
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Skinny Love • Calum Hood One-Shot {AU}
Fanfiction{ONE-SHOT} ✓ - quando duas pessoas se amam, mas são demasiado tímidas para o admitir, apesar de o mostrarem que qualquer maneira