E então tudo ficou escuro.

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Espero que gostem dessa historinha que veio na minha mente.

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Essa história é diferente das versões que vocês ouviram. Mas estejam cientes, vocês que foram enganados esse tempo todo. Por que essa historia que vou contar, esta que é a verdadeira. Como eu sei? Eu estava lá. Eu sou Wendy. Não Darling. Mas ainda assim, Wendy. Muitos não sabem a verdade sobre mim. Eu cresci em meio aos piratas. Piratas incríveis que me ensinaram tudo. E claro entre eles o melhor de todos, Capitão Gancho. Ou como gosto de chama-lo papai.

É claro que muitos acharam que papai estava louco quando disse que a melhor maneira de atacar Peter Pan era tendo um infiltrado. Pois todos sabiam que os meninos perdidos jamais o trairiam. Foi quando surgiu a ideia.

- E se fosse uma menina perdida? - Pergunta ela com um sorriso maligno.

- Mas onde acharíamos uma menina... - Começou um dos piratas, que interrompeu sua fala para encarar Bucaneira Jill, no caso, eu.

- Minha querida filha, achou uma excelente ideia. - Ele falou ainda com o sorriso macabro. - Não é querida?

- Sim papai. - Concordei sorrindo.

Depois disso, não nos demoramos para por o plano em pratica. Fui "abandonada" na ilha. E não demorou para o Peter Pan aparecer.

- Quem é você? -Perguntou enquanto flutuava sobre mim. - O que faz na minha ilha? - Escondo um sorriso de deboche das suas palavras e falo com uma voz tremula.

- Fo...foram pi...pi...piratas. - Falei.

- Pare de gaguejar. - Falou autoritário, e eu engulo em seco. - O que eles fizeram?

- Eu não. - Falo rápido. - Estava na minha casa, quase adormecendo e eles entraram pela janela e me trouxeram para cá. - Falei ainda atuando.

- Ah, então você é uma menina perdida. - Fala abrindo um sorriso. E eu aceno positivamente com a cabeça ainda em silencio. Ele para por um segundo e me avalia. Depois volta a sorrir. - Bom se você é uma menina perdida seja bem vinda. Vou te mostrar toda a ilha.

E foi assim que se passou quase um mês. E foi incrível. Diferente de tudo que os piratas tinham me mostrado. As fadas eram tão bonitas. Os índios tão habilidosos. Era um outro mundo no mesmo mundo. Era incrível. Todos eram incríveis. Peter era incrível. Então foi quando meu pai voltou. E eu me senti dividida. Eu não queria trair meu pai. Mas não via por que destruir aquele mundo tão lindo. Tentei dizer isso a ela, mas Gancho sempre foi cabeça dura e não ouvia ninguém.

Os pitaras decidiram continuar com o plano, então eu fui levada. Voltei para o barco. Ouvia os piratas cochichando e rindo. Peter estava desesperado atrás da sua Wendy. A Wendy que não era eu. A Wendy que era boa. E que era Darling. Eu fiquei muito triste.

Papai atacou os meninos perdidos e os trouxe para o barco. Logo depois chegou Peter, voando e zombando do meu pai. E eu assistia a tudo, escondida. Peter quase derrotava meu pai. Quando ele me chamou.

- Bucaneira, venha aqui querida. - Disse com deboche na voz. Eu não fui. Com um sinal de cabeça ele fez um dos homens me levar ate lá. Eu não conseguia olhar Peter nos olhos.

- Wendy. - Ouvi Peter.

- Ahh sua doce Wendy não Pan? - Ele perguntou rindo. -Você acha mesmo que alguém escolheria você? - Riu ainda mais. Pude ver o sorriso no rosto de Peter diminuir quando olhei para ele. - Cheguei mais perto filha.

- Filha? - Perguntou o garoto desapontado.

- Peter eu...

- Ora, ora. - E foi assim que se sucedeu uma enorme listas de ofensas e gritos dos meninos perdidos e de piratas. Que acabou com o Peter no chão a um passo de ser morto.

- Para. - Gritei ao ver meu pai abaixar a faca.

- O que foi queria? - Perguntou rindo para mim.

- Eu quero me despedir. Por favor papai. É só um dedal. - Ele fez cara de desgosto. Mas assentiu. Eu me aproximei de Peter pedindo desculpas. Então dei um selinho nele. E foi quando tudo virou um borrão novamente.

Primeiro Peter ficou roxo, depois vermelho. Ai eles saiu voando por todo lugar, tinha escapado. E eu fiquei feliz, muito feliz. Ate que a briga entre Peter e meu pai chegou a beirada. Meu pai não conseguia mais voar. E ele ia cair no mar, direto para o crocodilo. Sai correndo em direção a eles. Quando estava a cerca de um metro deles eu senti uma dor, uma dor indescritível no meu estomago. Os encarei e eles olhavam para mim aflitos. Levei a minha mão ate o lugar que continha algo duro me atravessando. Minhas mãos sentiram um liquido quente. Sangue. E então tudo ficou escuro.

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Bom espero que tenham gostado/ ou não gostado o suficiente para deixar um comentário falando o que achou da fic. Obrigada por lerem.

WendyWhere stories live. Discover now