Prólogo

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Suas mãos acariciavam o meu corpo, tocando-me, acariciando-me e explorando-me. Não havia nada no mundo que eu gostasse mais do que isso. Ele segurou meu queixo, obrigando-me a olhá-lo enquanto ele fazia amor comigo. Encarei seus olhos castanhos e segurei a vontade de chorar. Eu amava esse homem tanto que, às vezes, esse amor trazia lágrimas para meus olhos. Beijou-me com uma fome imensa, fechando seus olhos, apreciando o gosto de minha boca e a sensação que eu lhe proporcionava. Quando ele nos soltou do beijo e abriu seus olhos, eles não estavam mais castanhos, estavam de um vermelho intenso e eu sabia muito bem o que isso significava.

Virei minha cabeça para o lado, deixando meu pescoço exposto e ele passou a mão de leve sobre minha pele. Levou seus lábios até meu pescoço, a princípio mal me tocando, mas logo depois deixando um rastro de beijos desde a base de meu pescoço até o lóbulo de minha orelha. Soltei um grunhido em expectativa, ouvindo meu grunhido, ele atendeu ao meu pedido.

Ouvi um longo gemido de prazer escapar pelos meus lábios quando suas presas perfuraram a pele sensível de meu pescoço.

- Eu te amo, Bernard.

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- Rebecca Elise Young, o que diabos você tem na cabeça?

Suspirei.

- Bernard Holland é um vampiro. Você está transando com um vampiro!

- Eu sei muito bem o que ele é - retruquei irritada.

- Ah, então você acha que você é especialista no assunto, não é isso?

Sim, era isso. Bernard me amava e ele já tinha me contado e ensinado sobre os vampiros. Eu nunca deveria ter deixado a droga da Corrie descobrir sobre meu caso com ele. Ela era uma loba, é óbvio que ela não ia gostar de vampiros e muito menos da ideia de eu estar me envolvendo com um.

Além disso, ela sempre fora muito protetora. Não que isso fosse algo ruim, pelo contrário, era com essas atitudes que você percebia como ela realmente se importava com você, como ela era uma amiga que valia ouro. Contudo, eu estava muito irritada com ela no momento para reconhecer o valor de suas atitudes. Eu amava Bernard demais e só queria que ela o aceitasse e aceitasse que, mesmo sendo vampiro, ele me fazia feliz.

- Nem responda - ela disse, adivinhando minha resposta. - Eu conheço você desde sempre. - Revirei meus olhos. Era bom ela não usar o truque da "melhor amiga preocupada que se faz de vítima" comigo, seria inútil. - Ele com certeza deve ter enfiado um monte de merda na sua cabeça. Como ele lhe ama e gostaria de viver para toda a eternidade ao seu lado, mas se recusa a lhe transformar porque não quer que você passe a eternidade tendo que sugar o sangue dos outros para sobreviver. Como os vampiros não são maus; eles bebem da vítima sem fazê-la sentir dor, às vezes até sentir prazer; não deixam nenhum machucado ou cicatriz; e ainda apagam a memória do humano para ele ou ela não ter que viver com a lembrança assustadora de ter sido mordido.

Meus olhos não mentiam, eu estava surpresa. Como que a Corrie sabia tudo isso? Como ela sabia e tinha tanta certeza que fora isso que o Bernard me dissera?

- C-como você...

- Mas aposto - ela me interrompeu - que ele não lhe contou que você está virando uma de suas ovelhas.

Está bem, agora eu estava confusa. Ovelhas? Eu nunca ouvira falar em ovelhas.

- O que são as ovelhas? - perguntei, engolindo meu orgulho. Ela tinha razão, ele não me contara sobre isso.

- As ovelhas - ela começou, dispensando sabiamente a oportunidade de esfregar na minha cara que tinha razão - são os humanos de quem os vampiros se alimentam. Não se engane, todos os vampiros se alimentam de sangue humano, não existe essa baboseira toda de "vampiros vegetarianos", mas existem alguns vampiros que se alimentam de doações de sangue doado ou roubado de hospitais. Os mais antigos e mais poderosos não precisam de sangue humano, esses bebem dos vampiros que eles mesmos criaram ou de outras criaturas sobrenaturais, como bruxas e até lobisomens.

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