Capítulo ¹ - O Começo

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Era tarde de novembro, tempo frio, garoas no telhado, movimento fraco na cidade, o barulhos dos pingos se ouvia no tocar do chão na sala vazia da casa de Sophia.
Angústia, solidão ela já não estava mais em sí, o que iria fazer no dia de amanhã, pensava ela assim, agindo como se não fosse mais viver, como se a vida não fizesse mais sentido, sim para ela tudo já estava perdido, se desesperar por que ? Se no outro dia vai ser a mesma coisa, esse tédio total, a razão de viver já bastava, seus romances alucinados criados dentro de si mesma, já não continha mais o mesmo gosto, era amargo, negro, o toque de indelicadeza, o sangue em seu pescoço, ela falava que insetos malcriados à picava, mas com tudo isso sua vida pouco movimentada, nada era branco, simples e notável, era negro como seus olhos cheios de lágrimas e ainda mais com tudo isso pouco se via... , relatos deixados com o tempo dizia que a faca em que utilizava para cortar carnes era utilizada para deixar marcas em seu corpo, será uma tentativa de suicídio ? Pergunto isso diariamente, afinal ela não falava nada á ninguém.
Muitos já suspeitavam, pois quem conhecia ela desde pequena sabia que ela não estava bem, sabia que precisava de ajuda, que algo lhe incomodava, mas se parar pra pensar bem, quem iria ajudar ?
O velho Dolthom não estava mais lá, fazia dois anos que havia se partido para um lugar melhor, oh velho Dolthom a falta que fazia suas piadas, bonecas de pano velho, e seu carisma todo santo e bom dia.
Pena que as coisas boas da vida simplesmente são passageiras, as vezes paramos pra pensar em formas de viver mais, se viver menos não é o suficiente, viver á vida por viver será a melhor forma de viver a vida tentando buscar a alegria, se não for da alegria falaremos do que, simplesmente tudo perde o sentido o clarão da lua não é mais um branco reluzente, é mais um clarão passageiro no céu.
Assim era a vida de Sophia naquela casa escura, ela estava sozinha sem ninguém, ninguém a parte pois dentro dela havia uma alma, pedaço ruim dela onde perturbava sua mente lhe obrigando a se sentir mal, culpada, e as vezes a forçava causar ferimentos em seu corpo, já era de costumes usar vestidos de cores escuras, pouco decotado, mas a marca ainda aparecia, marca de sangue, mas não era um sangue qualquer, era um sangue forçado, loucura de sua parte procurar a morte até que ela venha, sendo que a morte não vinha para ela.
Ela se entristeceu e dormiu... Isso já se passava das vinte e duas horas, não aguentava mais ficar acordada, isolada, com o barulho irritante de seu relógio TIC TAC.
Culpada ? Mas culpada do que, ela simplesmente amou sendo que não a retribuíam dando o amor que ela queria, pois é... Tão moça, tão bela, e nesse estado de caos.
No dia seguinte, logo de manhã como de costume ligava a rádio e tomava seu café da manhã, pão seco e um copo de leite frio, frio como estava sua vida, frio como o silêncio, frio como o amor.
Amor tão doce palavra, com muitos sentidos e sentimentos, para Sophia o amor se passava como uma doença, é como se o amor fosse uma droga perfeita para matar. Ela fazia a gente imaginar que o sentimento não podia machucar, isso era só o começo dos efeitos colaterais. Depois, ela fazia nos ficarmos loucos, ela tinha outro efeito colateral que era o egoísmo, queríamos aquele sentimento só pra nos, e caso nos sentíssemos ameaçados em perde-lo, as mentes mais fracas iria cometer besteira. E por fim, ele fazia a mesma coisa que as outras drogas faziam, tinha o poder de te deixar satisfeita por minutos, horas ou dias e depois te destruía. Por isso o amor era uma idéia terrível, ele deixava as pessoas mais fracas e sensíveis, Sophia não estava mais conseguindo controlar, o desespero tomou conta e assim tentou seu primeiro suicídio, Se atirou da janela de sua casa, por sorte Sr.Pillip estava a passar na praça no mesmo horário do acontecimente, Sophia já não estava mais acordada, desesperado ligou para o socorro mais próximo da área, demorou por cerca de oito minutos até chegar ao hospital, logo foi atendida e passada pelo médico, foi uma queda grave e por sorte teve poucas fraturas em seu corpo.

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⏰ Last updated: Jul 16, 2017 ⏰

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