O REINO DE KAMBRIDGE

Capítulo 1

  Tudo estava extremamente agitado, todos estavam a beira de um colapso metal nervoso. Ameaças de destruição, guerra e pavor pairavam sobre o Reino de Trevália.

  Uma nova era, um novo governo. Ameaças surgiram desde o início quando o povo de Trevália se rebelou e se separou de Hamelow, se tornando um novo reino e tornado-se de imediato adversário do mesmo. Trevália era um povo grande, porém distante do Reino de Hamelow, o que tornava distante também todo o tipo de relação do povo Trevaliano para o povo de Hamelow. O governo do Reino de Hamelow sempre enviava soldados em busca de impostos e tributos, mas nunca eram ressarcidos com um bom governo, com uma boa segurança ou com uma boa economia. Até que o sentimento de mágoa e ódio cresceu no coração do povo. Abusos e injustiças não ocorreriam mais ali, pois eles se tornariam uma nação forte e poderosa.

  Cambridge sempre foi um homem honrado e respeitado no meio do povo Trevaliano, pois havia sido durante anos um herói de guerra. Tinha uma mulher e duas filhas, e mesmo sendo um simples ferreiro nunca deixou de se mostrar indignado de como o governo os tratava, de como era esquecidos no meio do universo. Com sua força e habilidade incentivava sempre as pessoas a pensarem como ele, tentava unir o povo para uma futura revolução. Seriam independentes seria um povo forte, seria um temido e poderoso reino.

  E foi assim até que um dia, o condado de Trevália foi atacado por Vikings adornados de armas e armaduras. Houve uma destruição total, fogo para todos os lados, morte, sangue. Saquearam mercados, capturaram mulheres para serem escravas. E dentre elas as duas filhas e mulher do ferreiro de Trevália.

  Assim, o ódio cresceu no coração do esquecido povo e foi a última gota. Tudo estava acabado, vilarejos destruídos, famílias destruídas, campos e florestas flamejavam com fogo ardente. Esperanças e sonhos destruídos, a única coisa que restara era a sede e o poder de vingança.

  O dia nasceu triste e desolado. Temor e pavor dominavam sobre as pessoas que restaram. Cambridge estava acabado, o homem que vivia feliz com as mulheres da sua vida, havia morrido. Agora só restou um homem rude e com sede de vingança. Colocara em seu coração uma promessa, de que jamais iriam passar por aquilo novamente, jamais seriam esquecidos, jamais seriam saqueados e destruídos.

  Tristes e desolados, todo o povo se reuniram na praça central do condado, homens e mulheres, jovens e crianças, reunidos em busca de uma solução, em busca de socorro, em busca de respostas. Foi então, que do meio do povo surgiu um simples homem, Cambridge. Subiu em uma mesa no centro da praça e começou a discursar:

- Povo de Trevália. Escutem!!! - Gritou o ferreiro. Todos pararam o que estavam fazendo e começaram a se ajuntar em volta formando uma imensa multidão.

 
- Até quando sofreremos esses abusos? Até quando permitiremos que sejamos açoitados pelo desprezo que nos emprega nosso rei? Somos tratados como víboras e cães de rua. Nós podemos ser um povo forte e lutarmos contra esse governo que nos assola e oprime. A união faz a força e nós podemos nos rebelar e formarmos um governo. Não seríamos mais o condado de Trevalia, e sim o REINO DE TREVALIA. Temos vilarejos e condições para isso. Basta nos prepararmos com armas e com nossas forças e sede de vingança. Muitos hoje perderam suas mulheres e suas filhas assim como eu, mas isso não irá mais acontecer. Nós podemos ser um povo independente!!! - Diz o ferreiro com uma força, e com o ódio estampados nos olhos. Se um reino a partir daquele momento nascesse, seria para destruição de todos aqueles que os oprimiram.

  Sendo assim, todos concordaram sem pestanejar. Houve um alvoroço. Um misto de emoção, sede de vingança, sede de liberdade. Começou o grande preparo. Cambridge ensinava a jovens ferreiros a fabricarem armas e armaduras, ao mesmo tempo em que ia passando e consolando e animando o povo. Aos homens foram lhes atribuídos a tarefa de criarem uma grande fortaleza ao redor do condado. Um muro de pedras era construído dia após dia, ao tempo que homens e jovens eram treinados para a guerra, treinados para uma futura batalha.