Capítulo Um

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~ 15 de Maio de 2019 ~

Luke P.O.V

"Não sou corajosa o suficiente pra chegar até você e falar tudo o que eu sinto, por isso eu escrevo essas cartas pra você, meu amor.

Eu sou um girassol, um pouco engraçada
Se eu fosse uma rosa, talvez você iria me querer
Se eu pudesse, mudaria da noite pro dia
Eu me transformaria em algo que você gostaria.

Meu amor, não importa quantas vezes você quebre a cara, você nunca vai perceber que a única que te ama de verdade sou eu, mas não tenha pressa eu sempre vou estar aqui por você

Ass: Sua admiradora secreta... #G"

Já fazia muito tempo que eu recebia essas cartas anônimas e eu não fazia a menor ideia de quem estava me mandando e sempre na assinatura vinha com a hashtag com a letra G eu procurei todas meninas que eu conheço com o nome com a inicial G e letra não batia com as cartas que eu recebia, eu gostava de ler aquelas cartas, no fundo eu sentia algo toda vez que lia, já tinha três anos que eu recebia toda semana por correio, essa foi a da semana passada, eu estava lendo pra Diane, minha melhor amiga, nos nós conhecemos por causa dos nossos pais que são amigos, e eles vinham direto aqui em casa e hoje quase 13 anos depois somos melhores amigos, eu amo ela, eu confio nela e sei que eu poderia contar com ela pra tudo.

— Mais uma carta Luke? – Diane disse e a olhei assentindo – Até hoje você não sabe quem é?

— Não faço a minima ideia – falei dobrando a carta e colocando na gaveta da escrivaninha que eu tinha ao lado da cama – Eu .. – falei dando uma pausa olhando a Diane que me olhava sentada na cama, respirei fundo e balancei a cabeça – Não sei mesmo

— Nossa já faz uns 3 anos que você recebe e é sempre com a mesma assinatura – ela disse revirando os olhos e me sentei ao seu lado e deitei no colo – Você é muito lerdo Luke

— Eu não – falei levantando o olhar pra ela

— Mas você não está curioso pra saber quem é? – ela disse e eu assenti

— E muito – falei a olhando

— E você gosta de receber essas cartinhas? – ela perguntou e mordi o interior do lábio pensando

— Pra falar a verdade eu gosto – falei sorrindo – eu gosto de ler o que ela pensa sobre mim – falei dando de ombros fazendo Diane rir e ri junto – mas essa última aqui foi muito profunda, foi a mais intensa que recebi, de novo ela disse a mesma frase 'Eu sou um girassol, um pouco engraçada
Se eu fosse uma rosa, talvez você iria me querer
Se eu pudesse, mudaria da noite pro dia
Eu me transformaria em algo que você gostaria' – Falei me lembrando da frase e respirei fundo – mas mudando de assunto – falei e ela começou a mexer nos meus cabelos – Quando você vai se mudar? – falei suspirando – eu vou sentir sua falta – falei e ela sorriu

— Ainda não sei – ela disse dando de ombros – Eu estou esperando – ela disse olhando no fundo dos meu olhos

— Esperando o que? – perguntei e ela balançou a cabeça

— Nada não, como esta sua nova namorada? – ela perguntou e eu sorri me lembrando de Sophia

— Estamos bem – falei pegando meu celular – hoje nós vamos ir ver um filme – falei voltando meu olhar pra Diane que sorria sem mostras os dentes – Vamos com a gente? – falei animado me sentando na cama a olhando e ela negou com a cabeça – Vamos Diane – insisti fazendo carinha de cachorro sem dono

— Essa sua carinha não vai me convencer – ela disse sem olhar nos meus olhos – não dessa vez – ela disse e se levantou – Eu já vou – ela disse e me levantei

— Diane Grayson – Falei e ela se virou pra mim e respirou fundo – Eu amo você – falei sorrindo indo até ela

— Eu sei – ela disse me fazendo revirar os olhos – Eu amo você – ela disse e pude sentir toda sua sinceridade, fui até ela e logo a abracei – Eu vou sentir sua falta – Ela disse me apertando em seus braços – Eu vou me mudar daqui três semanas – ela disse e me olhou – Então você tem três semanas pra descobrir quem manda essas cartinhas pra você, por que eu não vou embora curiosa – Ela disse me fazendo rir, dei um beijo em sua testa e me afastei um pouco e ela estava sorrindo

— Vamos almoçar – falei e ela assentiu – Você não ia embora? – falei e ela revirou os olhos

— Eu vou depois que comer – ela disse abrindo a porta saindo do quarto, sai logo em seguida e fui em direção a cozinha

— Mamãe você ficou sabendo que a Diane vai embora? – Falei me sentando na mesa ao lado da Diane, que me olhou cemicerrando

— Sério Diane? – Mamãe disse se virando pra ela e ela assentiu a olhando

— Será preciso – ela disse voltando seu olhar pra mim e logo pra suas mãos que estavam na mesa

— Entendo – mamãe disse apenas e pegou as panelas pra colocar na mesa – Não vai sem se despedir, ok? – Mamãe disse e ela assentiu sorrindo

— Eu venho aqui me despedir de vocês – ela disse e logo nós nos servimos pra comer.

Depois que almoçamos Diane foi embora, eu não queria que ela se mudasse, ela é minha melhor amiga, não sei se posso confiar em outra pessoa além dela.

Minha mãe deixou as correspondências em cima da cômoda na sala, passei o olho pra ver se a carta dessa semana estava lá sorrio olhando a mesma, depois eu leio, pensei, ainda estou processando a última carta.

A Ultima CartaOnde histórias criam vida. Descubra agora