O portal

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Celso tem seis anos de idade, pele parda, ruivo, de cabelos cacheados, boca carnuda, olhos castanho-escuro e corpo esbelto.

Laio é de pele clara, esbelto, cabelos lisos  e pretos, olhos castanhos, tem sete anos.

Leif, tem a pele bronzeada, esbelto, estatura um pouco menor para a sua idade, cabeça raspada, olhos castanhos e com cinco anos é o irmão mais novo de Laio. é o mais engraçado de todos. Possui uma bicicleta urbana de cor azul claro, com a qual passava maior parte do tempo disponível pedalando.

Matheus, mais novo que seu primo Celso, está com quatro anos. Tem pele clara, com sardas pelas bochechas, cabelo ruivo, liso, cortado baixo e penteado para o lado, e olhos castanho-escuros. A boca lembrava a um coraçãozinho, como seus familiares e amigos o encabulavam.

Leonardo tem cinco anos, de pele morena, cabelos escuros e curtos penteados para frente, olhos castanhos e é o mais rechonchudo da turma. Este, juntamente com o Matheus e Leif formam o trio inseparável.

Nanda tem cinco anos, é loira, de cabelos cacheados sobre os ombros, mas os usa preferencialmente amarrados, normalmente duas amarrações. De pele clara, certamente a mais alva, possuía bochechas rosadas, olhos claros, mesclando entre o verde e amarelo, de acordo com a iluminação do ambiente.

Lara tem a pele clara, corpo esbelto, olhos e cabelos lisos pretos por cima dos ombros. É a melhor amiga de Nanda, tem quatro anos.

Talita tem pele negra, cabelo black power e olhos pretos. Ela é a irmã mais nova da Lara e a mais nova da turma, com três anos.

Jardiel tem seis anos, é negro, de corpo não tão esbelto, mas não estava acima do peso, olhos castanho-escuros, e cabelos lisos, de cor castanha.

Em uma manhã nublada de sábado, no ano de 2000, no bairro Dirceu Mendes Arcoverde I, na cidade Teresina - Piauí, nove crianças brincavam normalmente na rua em que moravam. Os meninos descalços não se incomodavam com a pavimentação da rua, em pedra, que fazia constante atrito aos pés. Às vezes, pedras mais pontiagudas faziam enrugar o rosto. Os meninos estavam sem camisa, enquanto as meninas, por outro lado, pelo cuidado das mães, sempre bem vestidas. Mal sabiam que naquele dia, na rua onde costumavam brincar, a vida de todos mudaria e jamais esqueceriam.

- Joga pra mim.

- Aqui.

- Joga com mais força.

- Ninguém joga pra mim!

- Quem mandou ser baixinha?

- Joga pra mim.

- Também estou brincando!

- Ah! Ah! Ah! Não acerto uma!

- Lá vai.

De repente, a bola de leite com a qual brincavam, foi levada por uma forte brisa, até fora do normal, que a fez cair no terreno de uma senhora chamada Helena, a quem todos especulavam ser uma bruxa. A senhora deveria ter mais de quarenta, pouco mais de um metro e cinquenta, longos cabelos negros e bem cuidados por sinal, vestia-se como toda mulher da sua idade costuma se vestir, era bastante reservada, sendo vista sempre quando limpava a calçada e quando saía com seu guarda-chuva ou sombrinha para o mercado, ou melhor, aonde quer que fosse. Era muito difícil vê-la conversando com os vizinhos; usava óculos de grandes lentes e possuía uma verruga no nariz, característica essa que possuía uma grande relevância para aquelas crianças, fazendo com que fossem ainda mais credoras a respeito das especulações.

Celso, amedrontado, perguntou, olhando para o rosto de cada um ali presente:

- Quem vai buscar a bola?

Clube do terror: parte I - o portalWhere stories live. Discover now