Capítulo 12》

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Eu fui pela rua.

Eu andava rápido, quase correndo, não sabia o que estava me acontecendo. Dois minutos atrás eu estava em um apartamento, o apartamento da Raissa. Dois minutos atrás eu estava empolgado por finalmente estar conhecendo as pessoas que me faziam ter dor de cabeça e perder noites de sono. Mas agora eu estava correndo para algum lugar que eu não sabia. Parecia que eu não tinha mais controle de meu corpo.

E eu estava no meio da rua.

Minha cabeça estava doendo. Muito. Uma dor aguda e corroente.

Aquilo já me tinha acontecido só uma vez.

Dois anos atrás. Acabava de completar dois anos faz uns três dias.

Porquê eu estava correndo eu não sabia. Era algo quase inconsciente. Gotas de suor desciam por minha testa.

Algo grande acontecia.

Não compreendia como minha conexão com Liriam podia ser tão grande.

Aquilo me perseguia desde meu nascimento.

Liriam.

Eu sabia que tudo aquilo era por causa de Liriam.

Tudo em mim era Liriam.

Liriam.

Liriam?

Eu não sabia que a ilha se chamava Liriam!

Não sabia.

Sabia.

Aquela palavra tinha entrado no meu vocabulário faz segundos.

Eu nunca ouvira falar a palavra Liriam.

Uma moto quase me atropelava. Businou. O rapaz da moto perguntou se eu esta maluco.

Considerei a hipótese.

Com o inpacto da moto eu caí no meio fio. Tive que me sentar.

Alguns que passavam me olhavam estranho. Achavam que eu estava bêbado.

A calçada estava molhada e fria. Serenava.

Iria ficar ali até que passasse.

[•••]

Não passou.

Tive que me levantar daquele meio fio imundo e gelado e ir para casa antes que pegasse um pneumonia.

Porquê essa mudança repentina de humor? Porquê essa inquietação e agonia dentro do peito?

Amarrei o cabelo fino e coloquei o capuz azul para esquentar minhas orelhas.

Inquietação no meio do peito.

Dor de cabeça.

Muita dor de cabeça.

Uma infernal dor de cabeça.

Uma dor de cabeça que me fez acreditar que eu iria me desintegrar por tamanha dor.

O céu estava cor púrpura.

Minha visão foi sido tingida em vários tons de cores primárias.

Vermelho.

Verde.

Azul.

Como uma explosão de fogos de artifício dentro de minha cabeça.

E depois um estouro.

Imensidão púrpura.

Dor de cabeça.

Sentia todos os pedaços do meu corpo em desespero. Parecia que eu realmente tinha me desintegrado.

Quando me dei conta, abri os olhos.

Aonde estava o céu púrpura? As motos e carros? O asfalto e meio fio? Aonde?

Tudo era preto.

Em um efeito vinheta tudo ganhou forma e cor. Percebia que eu estava em uma sala de aula.

Abandonada.

A poeira encobria as carteiras, tinham mochilas jogadas no chão, sangue seco em borrifos nas paredes cheias de infiltração que outrora tinham sido brancas.

Aquela cena me lembrava do tal ataque ao colégio em que a menina bonita e o outro garoto estavam envolvidos.

Será que eu estava em um sonho lúcido?

Fui andando até o arco em que um dia estivera uma porta.

Me bati com algo.

Mas não tinha nada para eu me bater.

Parecia uma barreira invisível. Apalpei a coisa e notei que era quase uma cômoda.

Meu coração batia forte.

Toquei e senti todo o objeto. Definitivamente, no meio do minúsculo "corredor" entre duas carteiras enferrujadas, havia uma cômoda invisível.

Dei meia volta e fui por outro caminho.

Me bati com outra coisa.

Apalpei.

Então...

Eu ouvi.

Uma respiração pesada no canto daquela sala. Quando olhei para o canto, ela logo cessou.

Apalpei novamente a coisa que me impedia. Era uma cama.

Sim.

Uma cama de solteiro com uma altura descomunal de tão pequena. Mas era larga, afinal, quem ou o quê que deitasse ali parecia se encolher para poder ficar confortável.

Percebi a cama o máximo para pular em cima dela.

Eu estava pulando por cima de uma cama invisível.

Meu coração batia forte.

A respiração pesada do canto da sala voltou.

Fui até lá receioso.

Eu estava confuso e meio tonto.

Então, eu ouvi alguém correndo e a respiração se destanciou.

Quem é que seja o desgraçado do homem invisível que pelo o que eu ouvi tinha atacado o apartamento hoje estava fugindo.

Ouvi alguma coisa pesada inpactar contra o chão. Fui em direção ao barulho e ao Sr.Invisível .

Teopecei em algo baixo jogado no chão.

Algo invisível.

Me abaixei e agarrei a coisa pois aquilo parecia inportar muito para o invisível pois eu sentia que ele tinha voltado para buscar. Sua respiração estava bem perto de meu ouvido o que me fazia arrepiar todos os fios de cabelo em meu corpo.

Apertei com toda a minha força o negócio-invisível antes que o Sr.Invisível arrancasse de mim e corri.

Teopecei e, muitas coisas invisíveis e quando finalmente eu consegui ultrapassar o arco daquele estranho lugar vi ao longe.

Catrina, e Thiago.






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⏰ Ultimo aggiornamento: Jun 27, 2016 ⏰

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