O Azul Dos Seus Olhos [Armin-Amor Doce]

Capítulo único

"O azul dos seus olhos,,

Por Serendipity.

Louise Pov's on

- Armin! Seu filho de uma boa mãe, volta aqui! - Praticamente berrei correndo atrás daquele ser demente que corria com meu mangá shoujo novinho pelos corredores da escola.

Como se as pessoas já não me achassem louca o suficiente...mas quer saber? Foda-se. Só tenho pena desse praga quando eu pôr as minhas mãos nele. E pensar que até trinta minutos atrás eu ainda o chamava de amigo. Mas fazer o quê? Nada fica entre mim e o meu mangá shoujo.

O desgraçado continuava a correr e de vez em quando olhava para trás sópra conferir se eu estava perto o suficiente dele, assim que percebia que eu estava quase o alcançando, se aproveitava dasquelas pernas de garça ambulante que ele tinha e voltava a correr mais rápido.

E é nesses momentos que eu xingo o universo por não ter me dado pernas mais longas. Enquanto aquele maldito pilhador de mangás alheios era alto, eu era baixinha. Dava até vergonha na verdade, toda vez que parava ao lado dele, perceber que eu estava bem abaixo de seu ombro. E pior é que ele se aproveitava disso me fazendo de escora. Idiota.

Acelerei o passo e estava quase o alcançando, quando de repente o indivíduo parou bruscamente fazendo com que eu batesse de frente com suas costas e caísse de bunda no chão.

- Ai! Seu filho... - Fui interrompida por uma voz autoritária.

- Espero que não complete essa frase, Srta. Taylor. - a diretora nos encarava como se fosse nos comer vivos. Velha assustadora do satã. - O que vocês pensam que estão fazendo? Isso aqui é uma escola de respeito! Não há lugar pra esse tipo de brincadeira.

- Mas diretora, foi ele... - Comecei, me levantando e limpando minha calça jeans. - Os ficarão depois da aula, pra limpar a sala de ciências.

- O quê? Ficar na escola depois do horário? Nem ferrando. - Armin negou veemente, como se só essa ideia o assustasse.

- Não quero saber de desculpas. - respirou fundo, como se tentasse se controlar.

- Bem, Sr. Grey, deveria ter pensado nisso antes de fazer toda essa algazarra. E não quero mais ouvir reclamações, se não serão suspensos. Estamos entedidos? - nos encarou e apenas assentimos a contragosto. Que velha chata do caramba! Como se eu não tivesse nada melhor pra fazer. - Ótimo, voltem pra suas salas de aula, já. Sem correria! - assim que disse isso, nos deu as costas e saiu marchando.

Aproveitei a deixa e tomei meu mangá das mãos distraídas dele.

- Ah meu amorzinho, a mamãe está aqui. Fica calmo. - esfregeui a bochecha no mangá, quase chorando de emoção.

- Fala sério, você parece que gosta mais desse mangá do que de mim. - fingiu-se de ofendido.

- Acho que é porque é verdade. - sorri cinicamente.

- Ah, é assim? Vai jogar nossos anos de amizade na lama por causa desse mangazinho sem graça?

- Bem, o "mangazinho", como você diz, não me fez ficar na escola depois da aula e quase levar uma suspensão. - bufei, irritada.

- Tecnicamente, a culpa é dele sim. - sorriu de canto.

- Isso não tem graça, Min. - pus as mãos na cintura e revirei os olhos. - O que me consola é saber que você também irá sofrer, talvez até mais do que eu.