↪Capitulo 1

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Virgínia, Outubro de 1996.

Acordo bruscamente ao ouvir um barulho soar do andar de baixo. Coisa que vinha acontecendo frequentemente há alguns dias.
Sento-me na cama e temerosa, continuo a ouvir o tal barulho.

- Gustavo, amor acorda! - Digo tentando acordá-lo.

- Amor, o que houve? - Pergunta sentando-se na cama e acendendo o abajur do criado mudo.

- Escuta! - Digo baixinho e o barulho retorna.

É como se alguém estivesse no andar de baixo...

- De novo isso... - Resmunga ele. - Fica aqui amor! Vou ver o que é... - Fala já levantando.

- Cuidado, amor! Pode ser algum ladrão... Vou pegar o Miguel! - Digo levantando e calçando as pantufas.

- Tudo bem, pega ele e traz para o quarto e não saia daqui! Tudo bem? - Pede ele e eu movo a cabeça concordando.

Gustavo e eu nos mudamos para essa casa há três meses. O motivo? Nossa familia aumentou e prescisávamos de um lugar maior, pois onde vivíamos antes não havia espaço suficiente para organizarmos o quartinho do nosso pequeno Miguel, que hoje com seu primeiro aninho, merecia um quarto só para ele.

Antes de sair do quarto, sigo até a cômoda, e retiro uma pequena lanterna que nela havia, acendo-a e sigo até o quarto do meu pequeno que dorme tranquilhamente. Pego-o e sigo para meu quarto, ao adentrar deito meu bebê na cama e o deixo ali dormindo feito um anjinho.

Feito isso, sigo até a escada.

- Gustavo? Estat tudo bem? - Pergunto e o silêncio é minha resposta.

- Gustavo, está tudo... - Sou interrompida pelo barulho da porta se fechando bruscamente.

Um grito ecoa do andar de baixo, sem relutar sigo para o quarto, pego meu bebê e mesmo nervosa, consigo equilibrar meu pequeno e a lanterna, saindo em seguida para vê o que tinha acontecido.

Ao parar de frente para a cozinha, vejo que a porta está entreaberta, clareio com o feixo de luz que sai da lanterna e não vejo ninguém, as luzes continuam apagadas e o silêncio torna a reinar no local, aproximo-me lentamente da porta, meu bebê dorme e através de minhas mãos o protejo de seja lá o que for...

De frente para a porta, olho para o lado de fora e a escuridão é minha resposta, o imenso jardim da casa encontra-se escuro e quieto.... Entro novamente na casa e apesar da dificuldade, tranco a porta.

- Gustavo? Amor, onde você está? - Pergunto desesperada por não vê-lo em nenhum lugar. - GUSTAVO... - Grito mais uma vez e nada. - Amor, onde está? - Pergunto sentindo o desespero tomar conta de meu ser.

Procuro pela sala, área de serviço, garagem e nada dele... Ao retornar para a cozinha, noto uma mudança radical no ambiente, sinto um vento frio atingir minha espinha, um vento repentino sonda o local, uma respiração é perceptível próxima a minha nuca...

Sinto uma presença atrás de mim, mesmo temerosa e com calafrios, viro-me devagar...

- Pedi para que ficasse lá em cima, amor... - Gustavo surge me assustando.

- Gustavo, onde estava? Ouvi um barulho, fiquei preocupada e vim te procurar. - Explico atordoada e preocupada o abraçando desesperadamente.

- Tudo bem, amor, eu estou bem... - Diz sorrindo fraco.

- O que era? O que fazia aquele barulho? - Pergunto nervosa.

Ele não me responde, apenas me lança um olhar misterioso.

- O que era, Gustavo?! - Torno a perguntar.

- Ela.... - Diz me mostrando uma moça que só agora noto sua presença no local.

Ela estava toda suja, roupas rasgadas e mantinha um olhar distante.

Ao olhá-la, uma sensação ruim toma conta de meu ser, seus olhos são negros e encaram o nada de uma forma assustadora.

Quem é ela? E o que fazia aqui?

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Beijin😘 e até o próximo capitulo...

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Luna, O Mal Habita...Where stories live. Discover now