When we were young

943 40 7
                                    

Quinn Fabray já se sentira perdida em outros momentos de sua vida. Principalmente, durante seus anos de colegial e, posteriormente, em alguns momentos da sua faculdade. Entretanto, ela sempre se encontrava porque tinha algo, ou melhor, alguém que a fazia enxergar todas as facetas de sua desorientação.

Rachel Berry sempre esteve presente para ela, como uma bússola, para guiá-la por todas as encruzilhadas e tortuosidades que a faziam perder-se no caminho. Rachel era exatamente como uma estrela, a estrela que guiara Quinn por tanto tempo...

Mas, a vida aconteceu para ambas. O tempo passou e Quinn, mais uma vez, se perdeu. E aquele espetáculo, aquela noite, era a sua última tentativa de se encontrar.

Era sua última chance de... Lembrar o que era estar no caminho certo.

# # # # #

"Everybody loves the things you do, from the way you walk to the way you move. Everybody is here watching you cause you feel like home, you're like a dream come true. But, if by chance you're here alone, can I have a moment before you go? 'Cause I've been by myself all night long hoping you're someone I used to know."

Quinn já estivera na Broadway antes, muito por causa dela e de suas peças, mas nada se comparava àquela noite. Jamais tinha estado presente em um local tão cheio de glamour, luxo e expectativa... Era como se, de fato, todas aquelas pessoas estivessem se arrumado da melhor forma para encontrá-la, nem que fossem por apenas duas horas ou quanto mais durasse a peça musical.

E a loira, agora com 25 anos e já com um divórcio manchando sua história terrena, sabia que todos estavam ali justamente para vê-la. Quinn amargou o pensamento de que, no passado, teve aquela voz e aquela figura presentes em sua vida por tantos dias e noites que até parecia que seria de forma infinita... Por isso, nem sempre aproveitou e nem sempre deu o devido valor a ela.

Então, a vida aconteceu. A vida, a morte, o casamento, o sucesso e, infelizmente, a distância... E, somente depois dela, Quinn percebeu do que precisava e foi aí que seu casamento desabou e seu futuro murchou.

Quinn se viu perdida e, pela primeira vez, estava sem a sua bússola.

A necessidade de procurá-la se fez presente, assim como a necessidade de tê-la. Rachel estava em todos os lugares e, ainda assim, distante o bastante para que Quinn não fosse capaz de encontrá-la senão fosse uma noite de espetáculo. As duas tornaram-se desconhecidas uma para outra pelas decisões que tomaram ao longo de todos aqueles anos... Quinn se culpava mais do que era capaz de culpar Rachel.

Aliás, era sempre assim... Quinn estaria errada sempre que algo estivesse relacionado a Rachel, tinha uma boa dívida a ser paga e a loira assumiria a culpa por quantas vezes fossem necessárias. O casamento ocupou boa parte de sua rotina e ela tentou fazer dar certo, mas ela deveria saber que Puck não era o homem da sua vida.

Na verdade, Quinn deveria assumir que jamais um homem seria a sua vida. Não enquanto Rachel existisse e a voz dela continuasse a lhe lembrar do passado e de como, naquela época de dúvidas e emoções à flor da pele, era feliz.

Será que Rachel continuava com aqueles ataques de diva que ela tanto fingiu odiar e que, na verdade, fizeram-na se apaixonar ainda mais? E aquela teimosia para adquirir o que queria? Será que Rachel lutava por seus papéis da mesma forma que se digladiava pelos solos no Glee? E será que ela estava apaixonada? Será que ela foi capaz de amar tão intensamente como amara Finn?

Quinn a assistiu durante toda a peça, arrepiou-se com cada nota alta que ela atingiu, chorou emocionada com a veracidade da atuação de Rachel e até mesmo riu quando a pequena morena pulou excitada quando chamaram seu nome no final do espetáculo... Mas, quando as cortinas se abaixaram, Quinn só conseguia se perguntar:

Projeto 25 FaberryWhere stories live. Discover now