Poesia Caxiense

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Dias comuns, com pessoas sempre diferentes, onde as ideias voam com o vento, palavras são mais fortes que golpes brutais e não dá para saber se vivemos para trabalhar, ou trabalhamos para viver. Reclamações de segunda a segunda, faça sol ou faça chuva, seja quente ou frio, seja noite ou dia... O pensamento de "Poderia ser pior" invade sua cabeça. Onde a má fé não cria uma morada, a maldade não se manifesta e a correria, estilo rataria, é intensamente chata e cansativa. Todas as noites, quase impossível não sentir os bares cheios de almas tão vazias, os Grafites pedindo socorro e clemência, os becos escuros com pessoas iluminadas, bibliotecas vazias e shoppings lotados.

"Vá estudar para ser alguém na vida!", perdi as contas de quantas vezes ouvi isso, principalmente da minha mãe, que além de guerreira, sempre me ensinou que o certo é o certo e que se está errado podemos transformar em certo, basta querer. Em plena Praça do Pacificador, onde pacífico não se encaixa em nada, o som da madrugada parece uma luta de diversificações e culturas distintas, onde o olfato acaba se confundindo com tantas essências boas e ruins e a lua só serve para observar seus movimentos. Querendo abraçar o mundo com seu coração, em uma espécie de busca sublime que dá valor a vida, ela tudo contém, mas em nada está contida!

25 de Agosto, uma data tão histórica que pouco mais de 130 anos depois, interpreto como desperdício de prazeres, que ao invés de nos relacionarmos com pessoas, preferimos ser "famosos" em mídias sociais que não levaremos para o "final". Uma vez me falaram que caixão não tem gaveta, e tive imensa vontade em concordar, e perceber, que nessa passagem, a aprendizagem é a única bagagem levada.

"Poeira de Sonhos" passam quando se abrem as jaulas de uma prisão chamada Alienação e quem dá um "teco" sempre é visto como errado por não ser mais um manipulado. Onde a ganancia é estampada nas latas de cevada, o desamor nos maços de nicotina e os olhos vermelhos são naturalmente a tristeza do medo, de ser diferente ou se privar de um mundo no qual todos nós achamos que somos "estranhos" ou "vencedores".

O cheiro de café representa as ideias no final de uma tarde ou a introdução de "vibes" positivas no começo do dia. Onde o doce mais doce é meio amargo, a vida sendo contraditória e quem usa gravata nem sempre é um exemplo de sucesso, talvez seja sinônimo de coleira, Av. Brasil, sempre engarrafamento, "ah se eu pudesse voar nesse trânsito de fluxo lento".

Duque de Caxias... Lugar onde a classe social é importante, mas quando existe uma necessidade, sempre vejo todos juntos! Onde a vida te dá uma estrada, e você sai correndo sem saber quando ou aonde vai chegar. Mas aliás, quem tem fé não chega onde quer?

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⏰ Last updated: Dec 30, 2016 ⏰

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