Capítulo 1

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O som repetitivo do despertador ecoa no meu quarto, e isso é extremamente irritante. Lentamente, estico o meu braço para desliga-lo sem ao menos abrir os olhos. Impaciente, solto um suspiro e soco o aparelho fazendo o mesmo cair e desligar após a queda. Acho que consegui quebrá-lo. Sento na cama e alongo-me. Todos os ossos estalando é prazeroso para mim. Melhor parte do dia.
Retiro as cobertas do meu corpo. Levanto-me e noto que as pilhas do despertador estavam espalhadas pelo piso. Dou graças quando vejo o aparelho intacto e na mesma hora ponho-o de volta no lugar, após botar as pilhas nas suas posições. Um bocejo involuntário escapa da minha boca enquanto caminho ao banheiro. Faço minhas necessidades e tomo um relaxante banho.
A sensação de estar renovada é um alívio, até esqueci a vontade de querer dormir outra vez. Em poucos instantes já estava em frente ao espelho ajeitando a roupa que acabo de vestir(foto na multimídia). Um fato sobre mim: nunca me visto bem para ir à escola.
  Desço as escadas e alegro-me quando vejo meus pais tomando café juntos. Sorrio e aproximo da mesa desejando-lhes "bom dia". Ambos respondem ao mesmo tempo finalizando suas refeições.
- Estou saindo agora, Samantha. Quer carona? Por coincidência passarei em frente à sua escola.*disse meu pai pegando sua pasta de trabalho.*
- Aceito sim, pai. Estou com preguiça de andar hoje.*admito pondo minha louça na pia.*
- Você sempre teve preguiça de ir andando, filha.*disse minha mãe pegando as chaves do carro na sua bolsa.*
Rimos e tomamos nossos rumos para o dia finalmente começar. Escovo meus dentes rapidamente e saio de casa junto com os meus pais. O trabalho da minha mãe é bastante corrido, então o carro dela sumiu no meu campo de visão. Meu pai e eu, com horários mais flexivos, saímos com mais tranquilidade. Enquanto meu pai dirigia, fico viajando nos meus pensamentos com os fones de ouvidos. A música faz com que aprofunde mais nos meus momentos reflexivos.
Após dez minutos meu pai para o carro. Não foi uma viagem longa mas o suficiente para descontrair meu nervosismo. Ganho um beijo na testa de despedida e saio do carro. O ambiente da escola continua o mesmo: vários alunos no pátio conversando ou se abraçando depois de longos meses de férias; alguns lendo livros, enquanto outros apenas deitados na grama relaxando no celular.
Ou seja, nada mudou na minha rotina aqui em Londres. Mas eu não entendo uma coisa: por quê eu sinto que alguma coisa irá acontecer hoje?

More than This// H.SWhere stories live. Discover now