Loucuras

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***

A festa já rolava há algum tempo. E o som tocava bem alto.

— Não me provoque, Caitriona! — os lábios macios e quentes colados ao meu ouvido para que eu o escutasse — Eu tenho meu limite. Você não sabe do que eu sou capaz!

—Pois me mostre! Estou ansiosa para saber — respondi com um sorriso malicioso, desafiando-o ao deslizar minha mão na sua coxa por baixo da mesa, em direção ao volume que se formava entre suas pernas, ao mesmo tempo que comecei a conversar com Maril à minha frente, para disfarçar.

Antes que minha mão chegasse ao seu destino, agarrou-a com força, e puxou-me repentinamente para levantar. E , sem mais explicações do que um " Voltamos logo" para o pessoal com quem compartilhávamos a mesa, saímos por uma porta lateral onde estava escrito " Entrada Restrita".

—Balfe e Heughan! - cumprimentou-nos Lynette ao nos ver  — Vocês precisam de alguma coisa? Essa é a área da imprensa. Querem começar logo a entrevista?

— Não, não! Acho que confundimos as portas. Estávamos só dando uma volta, conhecendo melhor o lugar — tentou disfarçar com uma desculpa ridícula que, pela cara da Lynette, não teve muito sucesso, e procurou outra porta por onde pudéssemos sair. — Acho que vamos por aqui... Com licença. Até daqui a pouco.

Rindo e conduzindo-me a passos rápidos, entramos por uma outra porta que sinalizava a "Saída de Emergência" do prédio. Era um corredor pequeno, pouco iluminado, com uma escada para o andar de baixo, no final.

— Aqui é perfeito!

— Vocé é louco? Pode aparecer alguém! Aqui também é passagem para o pessoal da limpeza!

— Eu avisei para você parar de brincar comigo, Balfe — encarou-me com uma ferocidade no olhar de desejo, tirando o terno e jogando-o  de lado.

E sem perda de tempo, pressionou-me na parede com seu corpo, enquanto avançava sobre mim num beijo ardente, intenso. Apesar do medo de sermos descobertos, eu me deliciava com a possibilidade de fazermos algo "proibido". Mergulhei as mãos em seus cabelos e puxei-o pra mim. Nossos lábios trocando carícias eróticas, antecipando o que estava por vir.

Suas mãos exploravam todo meu corpo e sua língua acompanhava a fúria, penetrando em cada canto da minha boca, deixando-me tonta e sem ar, querendo tê-lo dentro de mim.
Podia sentir toda sua excitação também, mesmo por cima da calça. Ele fazia questão de mostrar, empurrando seu quadril contra mim deixando-me sentir o quanto ele estava pronto. Ele me queria muito. E com urgência.

— Se entrega pra mim. Diz que é minha! — sussurou em meu ouvido, lambendo e mordendo  minha orelha, enquanto descia a alça do  vestido pelo meu ombro e acariciava meus seios, fazendo-me gemer em resposta. Ele conhecia todos meus pontos fracos e todos os caminhos que me levavam à entrega total.

— Vc sabe que eu sou sua! Só sua! — Disse arfando, jogando a cabeça para o lado facilitando o acesso dos seus lábios pelo meu pescoço, meu colo... Até que sua boca desceu aos meus seios, com voracidade, enquanto uma das suas mãos seguravam com força minha nádega. Meu corpo queimava com o toque dele. Minhas pernas fraquejavam. Em minha mente, uma única palavra : "possua-me".

Abri o zíper da sua calça, e toquei- o de leve, fazendo-o estremecer.

—Hummm... Não pára...— suplicou com uma voz rouca, quando separamos nossas bocas pra tomar fôlego.

Estimulada pela sua reação,
afastei-o de mim e foi a minha vez de encostá-lo na parede. Seu rosto era de surpresa, mas ansioso pelo meu próximo passo. Ajoelhei-me diante dele e levei-o à boca ora sugando com volúpia ora fazendo movimentos delicados com a ponta da língua, deixando seu membro ainda mais rígido e ele inquieto.

— Oh... Cait! — jogou a cabeça para trás fechando os olhos com força.

Ofegando e arqueando-se de satisfação , pousou a mão sobre a minha cabeça afagando meus cabelos, ao mesmo tempo que a empurrava carinhosamente, em um pedido silencioso para que eu continuasse.

Foram as vozes do lado de fora da porta que tiraram ele do torpor. Ele só teve tempo de me levantar rapidamente, pegar o terno que estava no chão e segurá-lo à sua frente, cobrindo-se.

— Porra! Não acredito! — resmungou baixinho.

A porta se abriu e uma senhora baixinha passou empurrando um carrinho com produtos de limpeza em direção ao final do corredor, deixou-o em um canto e voltou, enquanto nós dois fingíamos que estávamos apenas conversando. Na verdade, apenas eu falava, tentando controlar o riso, já que Sam não conseguia articular nenhuma palavra de tão louco e fora de si que estava.

Assim que a porta bateu, avançou novamente sobre mim, com mais vontade ainda.

— Amor, espera! Eu também quero muito... mas é melhor voltarmos...é muito arriscado... — Mesmo rindo, meu coração ainda se recuperava do susto.

— Agora é tarde! — sorriu travesso com o canto da boca e, sem se conter mais, me prendeu novamente contra a parede — Você começou com isso, Cait. Agora vamos terminar!

     Eu não tinha mais argumentos. Um sopro de razão me dizia uma coisa, mas cada fibra do meu corpo implorava por outra. E a linda visão daquele escocês à minha frente não me ajudava nem um pouco a voltar à lucidez.

Ele levantou meu vestido apressadamente, como se eu pudesse de alguma forma escapar dos seus braços musculosos , e ergueu-me encaixando-me em sua cintura e me apoiando na parede. Envolvi minhas pernas ao seu redor em resposta, prendendo seu corpo definitivamente ao meu desejo. Apenas afastou minha calcinha para o lado e penetrou-me.

— Aaahhh... Cait!— gemeu baixinho enquanto deslizava para dentro de mim. — Você ainda me mata de tesão, sabia? Meu Deus...fico louco com suas provocações! — Sua voz agora entrecortada pelo esforço das investidas.

Não contive o riso.
— Enlouquecer pode. Só não quero que morra por isso. — falei dissimuladamente, enquanto me deliciava com seus movimentos.

— Não brinca comigo, Cait! Eu tô falando sério. — olhou-me fixamente e investiu ainda mais rápido e profundamente. Suas mãos me segurando e apertando minhas coxas com vontade.

— Ooohh...Samm... — E fiquei totalmente perdida na sensação de prazer que ele me dava. Nosso ponto de união espalhando brasas de calor como ondas em mim, me fazendo pedir por mais, me deixando cada vez mais vulnerável... tão refém de mim mesma!

— Aahhhh... Como você é gostosa! E minha!

— E sua! — E puxei-o pela nuca para beijá-lo.

Simplesmente, deixamos o mundo lá fora, esquecidos um dentro do outro, perdidos na paixão que nos consumia e , ao mesmo tempo, nos alimentava. Cada movimento nos aproximando mais do êxtase. E não demorou muito para que, ao som dos nossos gemidos ecoando pelas paredes, chegássemos juntos ao auge do prazer, sufocando nosso grito final com nossas bocas...

***

Ele colou-me no chão delicadamente e nos abraçamos. Ficamos assim por alguns minutos, enquanto nossa respiração desacelerava e retornava ao ritmo normal.
Tentamos nos recompor como podíamos, mas começamos a rir quando vimos nosso estado: amassados, suados e totalmente descabelados.

— Sem problemas! Diremos que estávamos dançando. — Disse levantando as sobrancelhas e sacudindo os ombros, com um ar bem cínico.

— Sam! Todo mundo sabe que você não dança! — sorria da idéia maluca

— Mas por você, não duvide, eu faço qualquer loucura! — Beijou-me carinhosamente, passou o braço em meu pescoço e saímos.

Fim

Ação e ReaçãoWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu