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você é como ópio.

você roubou aquilo que chamei, um dia, de vida e tranformou-a em um brinquedo... um brinquedo no qual amava abusar e torná-lo inútil...

você me fez sua maior diversão... e eu fiz de ti meu maior vício...

eu não conseguia mais manter as batidas do meu coração ritmadas quando você me tocava...

eu era sua peça de encaixe com o pecado...

você era o jogo libidinoso que me mantinha aceso...

você me anestesiava tanto que acabei me perdendo dessa realidade...

era como se eu fosse... irrelevante. acessível apenas para seus amores lascivos de fins da tarde...

e quantas vezes já não prometi a mim mesmo que não seria mais seu amor de uma quarta feira quente?

seu "amor" se tornou meu oxigênio ralo e mixuruco que eu achava possuir...

você era alguém com palavras bonitas fazendo-me acreditar em suas pregações sobre suas paixões e eu fui alguém tonto o suficiente para deixar levar-me pelo seu tom agradável de dizer "eu te amo...!"

ópio; contoWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu