Os ramos crescem rígidos, viris, fortes!
Esta insanidade incessante a qual aperta,
sufoca, destrói
todo meu pequeno paraíso.
Suga-me as energias,
e se arrebata cada vez mais profundamente.
Engole-me os sonhos do futuro
e envenena as lembranças do passado.
-
Estes ramos não são flores,
nem frutos, nem seiva.
São ramos da minha mente,
transtornada, ludibriada por si mesma.
Pobre mente pulsante.
-
mente que rega estes profanos e malditos
que me rasgam a pele da alma
e que fazem-me gritar!
Uma árvore cresce em mim
tendo como vaso os abismos
deste corpo já apodrecido.
-
Assim como uma serpente
quebra-me os ossos,
rouba-me o ar
e faz de minha carne
seu leito e satisfação.
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