O duende falante da casa da vizinha.

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— Vejam! Ele está falando de novo!

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— Vejam! Ele está falando de novo!

Do outro lado da rua, um amontoado de crianças parecia assistir ao melhor show de todos os tempos. Eu não entendia o que se passava ali, e por sempre ter sido taxado de curioso, decidi fazer jus ao título.

— Você é uma mentirosa, Florence! — uma garotinha de cabelos castanhos, pouco mais alta do que eu, empurra uma outra garota.

— Não sou! — o empurrão é devolvido. — Não tenho culpa se vocês não conseguem se comunicar com duendes!

— Você é esquisita, Florence. — as crianças da roda continuam tirando sarro da outra. — Muito esquisita.

— Vocês estão irritando ele! — ela cruza os braços. — Não gosto quando irritam os meus amigos!

— Que amigos? — uma explosão de risadas ecoa pelo espaço. — Você é esquisita, Florence, e garotas esquisitas não têm amigos.

—M-mas eu... eu tenho... eu...— os olhos dela são tomados por lágrimas.

— Prove.

As crianças da vizinhança mal saem de casa, então concluo que essas não moram por aqui. Talvez a garota tenha juntado este grupo apenas para mostrar o tal duende falante.

Pobre garota.

Eu... — ela olha ao redor e cerra os punhos. — Eles não estão aqui agora.

— Mentirosa! — a garota que a havia empurrado torna a provocá-la. — Mentirosa! Você fede à mentira, Florence Bingley!

— Ela não está mentindo. — dou um passo à frente, tentando o máximo não perder o ar diante de todos aqueles olhares. — Ela tem amigos.

— E onde eles estão? — que menina irritante, penso. — Eu não estou vendo nada.

— Então você deve ser deficiente visual.

— Isso mesmo! — Florence balança a cabeça, e logo fixa os olhos em mim novamente. — O que é "deficiente visual"?

— A mamãe disse que não é educado dizer "cego". — explico. — Acho que são a mesma coisa. — encolho os ombros.

— Parem de me enrolar! — a menina de cabelos castanhos e voz irritante também dá um passo à frente. — Você disse que Florence tem amigos, mas eu não os vejo.

— Não está me vendo? — estalo o dedo. — Eu sou real, e sou amigo de Florence.

— Você é? — seu tom é zombeteiro. — Desde quando?

— Florence, quer ser minha amiga? — ela acena positivamente. — Desde agora. — encaro a outra.

— Assim não vale!

— Você não tem casa? — perco a paciência. — Por que não vai pra casa?

— Está me expulsando? Você nem mora nessa casa! — ela aponta a casa da Sra. Olga.

Homeboy - amigavelmente amigável (livro 1).Donde viven las historias. Descúbrelo ahora