Capítulo 1

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Como se mil demonios dançassem sobre minha cabeça, alegres, felizes, comemorando a volta de seu todo poderoso. O futuro é inquietante, em tempos como esse, onde o movimento é acelerado, e o caos é controlavel. Uma humanidade no seu auge, vivendo desigualmente. Eles cantam hinos em minha cabeça, a festa é grande, ele está voltando, disse um ser barbudo de cara achatada, olhos fervorosos, e sorriso malicioso no rosto, ele esta voltando. Seriam coisas da minha cabeça? devo estar perdendo o controle da minha sanidade. Tudo parece esconder algum segredo. ouço risos quando penso a respeito. Você não sabe de nada, diz outro em minha mente. O que está acontecendo? Me lembro de quando era garoto, e a mente era só um lugar magico para se sonhar. Onde está as fabulosas fantasias que eu havia explorado e me perdido a muito tempo? As coisas mudaram, tomaram outras cores, novas tonalidades, e um ar inquietante de ansiedade e desespero. e se daqui pra frente piorar? e se as vozes tiverem razão? não, não, estou delirando, isso é apenas um fruto de minha imaginação. São novos desafios daqui pra frente, uma nova historia, um novo caminho, são tempos novos. Mas por que esse medo constante de insegurança, e se tudo acabar sem ao menos ter aproveitado uma vida magnifica. Devo estar perdendo o juizo. São muitas coisas daqui pra frente, quando crescemos, tomamos responsabilidades antes nunca existente, não posso mais me esconder e viver em sonhos e fantasias, devo me tornar capaz de sobreviver a nova sociedade, aos novos generos e personalidades. Como as coisas podem mudar drasticamente. Refletir sobre as coisas já não é o bastante, nem ao menos sentir é nessessario, a empatia parece ter ardomecido nos coraçoes alheios, e receio que em meu tambem, mas talvez eu esteja enganado, talvez eu seja um grande tolo por não saber, ou mais um em meio a grande massa ambulante, vivendo vidas e historias unicas e detalhadas, mas com apenas um observador. Em ecos as vozes se perdem em meio aos pensamentos, tudo se mistura e vira uma grande bola de neve. Receio que minha tristeza esteja me afetando diariamente, me tornando mais fraco, sem forças para tentar e continuar. Mas não devo desistir, disso eu me lembro, algo que me ensinaram a vida inteira. Devo tentar, continuar. As noites me encontro a janela do meu quarto admirando as estrelas, fascinado com a imensidão do universo, e logo lembro que sou só um ser andando em um planeta orbitando um sol em uma galaxia em algum canto do espaço. As vozes voltam, dizendo, Tolo, Não sabes de nada. Existem segredos guardado nas estrelas, coisas misteriosas e fascinantes. Tento ignorar novamente as vozes, ouvira mãe dizer que não existe vida fora da terra.

- o que você está fazendo meu filho?

- nada não mãe.

droga, me perdi do ponto onde estava. Minha mãe era um ser incrivel, mas as vezes parecia ser um dos demonios que fugiram de minha mente, e agora se mascaram. Mas não quero pensar nisso, amo ela demais, talvez seja a unica pessoa a se preocupar realmente com o meu bem estar. não comentei com ela sobre as vozes, nem ao menos falei de minha tristeza, são coisas que não se dizem a uma mãe. Toda mãe quer que o seu filho cresça e se torne uma boa pessoa, tenho medo de frustrar os planos dela. Mas eu tenho os meus planos, o que farei da minha vida são meus segredos secretos, isso se as vozes não me convencerem do contrario. elas continuam a festejar, agora elas gargalham, como se meus segredos não fossem meras ilusões, tentativas figurativas, uma piada a realidade em si. Eles riem alto, dão pulos em minha mente, não param de rodopiar, acho que estou ficando tonto.

- mãe, você teria uma aspirina?

- claro filho, está se sentindo mal?

- apenas uma dor de cabeça.

Talvez a dor de cabeça seja de tanto pensar, as vezes é bom deixar o silencio falar, o som do silencio, mas como haver silencio com demonios dançantes em minha cabeça. Eles voltam a conspirar, e paro para escutar, tolo eu, escutar vozes de seres imaginaveis. Eles falam que a dança é a comemoração do novo tempo, e que ja existem demonios fora de minha cabeça, nas ruas, nas cidades, nas grandes midias, grandes corporações, e que há uma conspiração mundial ocorrendo, algo grande. volto a ignora-los, onde ja se viu, demonios existirem, isso aqui nao é o inferno de dante, apenas um planeta cheio demais. todos os dias pessoas fazem coisas, das mais aleatorias que você possa imaginar. Eu não sou o unico a estar nesse estado, na verdade não estou só, mas mesmo assim sinto a solitude bater em meu coração, fazendo com que os olhos criem grandes bacias de lagrimas, que escorrem sobre o meu rosto, demostrando mais medo e fraqueza ainda. não sei se isso é bom, ir de encontro ao sentimento mais interno, explorar profundezas do meu ser, só para ver se me alivio do barulho que eles fazem aqui dentro. isso é um quebra cabeça, um jogo de adivinhação, uma jornada ao inesperado. eles saltam, alegres. Já é dado o sinal, mas mesmo assim ainda estamos na mesma ignorância de sempre, então por que acreditar nessa ficção que eu mesmo criei para me refugiar de meus demônios, e se eles estiverem me perseguindo constantemente, como um tumor que está danificando meu sistema nervoso, atacando meu libido. devo me deitar, para ver se eu encontro algum descanço. Nos meus sonhos as coisas costumam ser estranhas, mas mais emocionantes do que a realidade. São como aventuras não escritas, desejos não concebidos, um ecstasy que só posso experimentar enquanto durmo. bem espero que essa noite o sonho seja fantastico.

Psychic ReaderWhere stories live. Discover now