Prólogo

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Quando sua alma está reagindo a toda dor e sofrimento, é incrível. A idéia de ter que deixar o meu pai e ir para aldeia foi algo que no início relutei a aceitar, mas para protegê-lo e proteger a mim mesma, tive que aceitar rapidamente.

Em frente ao espelho mexia na barra de renda do meu vestido, ele é diferente do que costumava usar, azul como os meus olhos, a seda era suave como minha pele, contendo algumas pedrinhas brilhantes na abertura feita em V, seu decote não era tão extravagante. Meu cabelo batia exatamente em minha cintura, o mesmo era castanho, de um tom escuro.

— Sua mãe estaria orgulhosa! Você é tão parecida com ela. – desvio meu olhar do espelho e um sorriso se forma em meus lábios.

— Eu sei que isso é por nós! – vejo uma lágrima descer de seus olhos, até então não sabia que ele a segurava.

—Pai, tá tudo bem! – fui em sua direção e seus braços logo me acolheram, encostei suavemente a cabeça em seu peito.

Ficamos alguns minutos abraçados, desde criança tivemos um bom relacionamento, minha mãe foi a causadora disso tudo, sempre nos mostrou a real felicidade e ela nunca será comprada. Conversamos por horas, falamos sobre tudo, então chegou o momento de partir e foi a minha vez de cair aos prantos.

Antes de colocar o capuz sobre minha cabeça, com seus lábios molhados pelas lágrimas meu pai depositou um beijo demorado em minha testa, fechei os olhos por uns segundos sabendo que em breve seríamos estranhos um para o outro aos olhos do público.

— Eu te amo, querida!

Ele pronunciou, assim que me soltou contra sua vontade, minha voz tava falha por conta do choro, mas consegui lhe responder com um "Também amo você!" antes de me virar e sair do castelo acompanhada por dois guardas.

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⏰ Last updated: Apr 07, 2018 ⏰

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