Letras

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          Olá!
          Por favor, ajuste-se onde quer que esteja lendo. Está é uma carta, para todos aqueles que precisam, mas acima de tudo para quem para quem a estar compondo-a. Não sei pelo que está passando ou como está! Apenas sei que minhas meras e pobres palavras chegaram a ti de alguma forma.

          Preste atenção, terá diversos erros nesta carta e com certeza você pode enjoar da minha escrita no processo. Mas tenha paciência, NÓS valemos a pena. Não importa a mão que um dia tenha tocado contra a tua pele, ou tenha rasgado meio a brutalidade a minha.

          Infelizmente, a humanidade esqueceu o que é ser humano. Indiferença à diferença ou Diferença à indiferença, queremos tanto e mesmo assim fazemos o mínimo para que se concretize. Cada letra, proferida ou escrita, pode ser usada como uma faca.

          As palavras nas quais acreditava, viraram variações de fonemas em minha mente. O significado perdeu o interesse durante os anos, a feição tornou-se montada e cada palavra que professo é meticulosamente feita para uma coisa: "EU NÃO SINTO NADA E A CADA PALAVRA SINTO MENOS AINDA!"

          Minhas ideias não são construtivas, minha ideologia nunca fora decidida e minha vida passou a ser iludida. Contudo, desnecessária é a pena. Assim como eu, muitos já se sentiram "vazios".

          Ser só, é estar parado em uma multidão e os olhares passaram por você como raios solares na atmosfera. Pio ainda, ser insensível é ter todo o sentimento do mundo e o mundo ser tão frívolo.

          Esse é o motivo desta carta, estou aqui para dizer ao mundo. Proclamar por letras impressas, a única coisa forma de ficarem fixas de alguma forma ao ver que as palavras traem, quem nelas confia.

          Minha boca selada, não quer dizer expor minha posição! Meu corpo trêmulo, antecipa cada movimento para que eu não venha me ferir novamente... Me tornei uma espécie de máquina, produzo o que é pretendido e apenas isso. E em pequenos lapsos de memória, me mantenho como organismos vivo!

          Peço apenas que me escutem, mas escutem sem esperar me conhecer ou mesmo entender-me. Afinal, sou um corpo maduro com mente infantil e o psicológico tão abalado quanto as contínuas ondas de um mar calmo, basta a chuva para que eu me descontrole!

          Os sentimento, aqueles mesmos que me enche, corroem meu interior. O amor, tornou-se a palavra que tenho como fútil e a única razão pela qual vivo todo dia. Pode parecer dramático, mas aprendi a amar o mundo monstruoso a qual desprezo com a mesma intensidade.

           Não vou fazer o tipo de auto-ajuda que esperam, preciso tanto dela quanto qualquer um que lê as palavras que digito com tanta força contra o pobre teclado. Meu nome me proclama vitorioso, mas sempre me pergunto de que... Nem ao menos venço em meus pensamento, que me ferem toda noite e então amanheço devastado!

          Quando criança, uma música, um tanto boba pode dizer! Ouvi a seguinte música, vinda do poema quase esquecido que vou lhes mostrar.

"Brilha, brilha, estrelinha,
como gostaria de saber o que você é!
Por cima do mundo tão alto,
como um diamante no céu.

Quando o sol se foi,
quando ele nada iluminar e,
em seguida, mostre sua luz,
Brilhe, Brilhe, toda a noite.

Então o viajante no escuro
agradece a sua pequena faísca,
como ele podia ver onde ir,
se você não brilhar assim?

No céu azul escuro fique,
muitas vezes através de meu espiar de cortinas
para você nunca feche seus olhos,
até o sol voltar ao céu.

Como seu brilhante e minúscula faísca
acende o viajante no escuro,
embora eu sei que não é o que você é,
brilha, brilha, estrelinha."

          Este poema pode não parecer nada e minha ladainha pode estar a entediá-los, peço perdão e compreendo que se não quisessem ler. Bom, já teriam desistido desde o primeiro parágrafo dessa carta!

          Vou brincar de analisar, ao meu ver, o poema de 1947! Um poema que foi transformado e uma cantiga para ninar crianças. E meu primeiro pedido é, torne-se essa estrelinha! Não no sentido literal e científico, apenas no filosófico.

          Você tem muito mais a oferecer do que imagina, muitos queriam saber como é ser este serumaninho que és. Somos tão valiosos a nossa própria maneira e mesmo assim, achamos ser apenas uma pedra bruta!

          Tens o prazer de fazer alguém feliz mesmo em seu momento mais sombrio e apenas explode em grande comoção. Faz com que sua luz chegue em pessoas que dos raios de sol já foram extintos. E acalenta, mesmo não fisicamente, o coração... Consegue dar esperança!

          Eu, um desajeitado viajante do escuro, agradeço. Pois já me encontrei tantas vezes meio ao nada e com o simples sorriso de uma estrelinha, hoje tenho cor. Por agora, tento explodir todo meu ser em palavras e assim alcançar alguém meio ao céu escuro.

          Abra as cortinas que cobrem teus olhos, o amanhecer está chegando e eu. Bem, acho que já vou indo.Afinal, assim como você, me tornei uma pequenina faísca no céu. Quero trazer o caminho para todos os que puderem me admirar! E peço uma coisa, apenas para finalizar minha sessão de pedidos...

Seja minha estrelinha,
pois algum dia
assim como Acendi!
Ascendi!
Também posso apagar...

Agradecimentos, Autômato!

AutômatoWhere stories live. Discover now