Acólitos da Justiça - Os Guardiões do Altar

A Primeira Grande Guerra Santa

A ganancia e a vaidade levaram a humanidade a se afastar de Deus, as comunidades cristãs encontram-se sitiadas e os cristãos católicos voltaram a ser perseguidos e mortos pela sua fé, assim como era nas eras antigas, a diferença é que hoje, os mundos espiritual e material se fundiram, e como castigo para aqueles hereges, os demônios são visiveis e rondam as pessoas.

Em meio ao caos pré apocaliptico, ainda há uma fonte de esperança dada por Deus à aqueles que o seguem, o Santo Altar e seus Paramentos são objetos de extremo poder capazes de realizar até mesmo o impossível de acordo com a vontade de quem os obtiver. Esses objetos são estimados não só pelos cristãos, mas também pelos mundanos que desejam conseguir o poder supremo de Ieshua, com isso, alguns jovens corajosos são escolhidos para fazer parte de uma ordem sagrada responsável por proteger esses objetos para que não caiam em mãos erradas, os Acólitos!

- Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita és...

- CALA ESSA BOCA ADORADORA DE SANTO! UMA MULHER QUALQUER NÃO TEM O PODER DE DEUS - gritou um homem enfurecido batendo na jovem Maria, uma moça que rezava perto da porta do mercado

- Pode bater-me quanto quiser, pode xingar-me e até matar-me mas não negarei a minha fé! - exclamou a jovem Maria.

- Sendo assim, queime no fogo do inferno adoradora de santo! - puxando um punhal, o homem avança para cima da jovem com intuito de matar-lá; a jovem rezando por proteção não percebe mas algo já a tirou do risco de morte. Quando a jovem abre os olhos, homem de capa branca segurava seu agressor pelo colarinho o erguendo acima do solo

- Do que você acusou essa senhorita? - indagou o homem misterioso

- Não se meta onde não é ta sua conta! Ela é uma adoradora de santo e merece ser morta! - gritou

- Por um acaso você é Deus para dizer o que essa moça merece? Você é algum arcanjo enviado por Ieshua para decidir a vida dela?  Acho que não! - e de uma só vez o homem é arremessado caindo sobre uma das barracas do mercado. - Caiu feito uma fruta podre, afinal, dai a Cezar o que é de Cezar.

Voltando para a moça ainda caída no chão, o homem misterioso a ajuda a levantar e a parabeniza pela coragem - Bom ver que não tem medo em professar a sua fé, é bonito uma religião que não esquece de sua mãe não é mesmo? Todavia, a senhorita deve tomar mais cuidado, perigos estão por todos os cantos

- Obrigado senhor, pela ajuda, sei que não devo me expor mas não entendo porque devo me esconder sendo que não estou fazendo nada de errado, isso é muito injusto! - disse a jovem Maria

- As sagradas escrituras já diziam que no fim dos tempos o caos estaria por toda a parte, nos resta somente vigiar a chegada do noivo. Mantenha sua vela acesa, assim poderá enxergar com clareza a vinda do Cristo. Que Deus a abençoe. - ao dizer isso, o homem faz o sinal da cruz na testa da jovem e ela então vê um luva de metal com uma cruz dourada gravada, "será que ele é um deles?", "eles não eram somente lendas?" pensou a jovem, mas quando voltou a realidade o homem já não estava mais lá. 

"TUM... TUUM...  TUUM.." o sino da Catedral antiga soou alto depois 40 anos silenciado, os idosos lembravam da ultima vez que escutaram o som dos sinos, mas os mais novos não, todos ficaram confusos com o som, sem saber o que fazer apenas olhavam em direção a Antiga Catedral em busca de alguma resposta, mas nada achavam. Da antiga Catedral, depois das seis badaladas do sino, sete vultos foram vistos cortando o céu oriundos da grande torre, um deles aterrizou sobre o telhado de umas das lojas do mercado onde uma multidão estava atônita, era o mesmo que ajudou Maria mais cedo, ela reconheceu; o homem então falou:

- Em verdade vos digo, muitos não lembram mais do barulho do grande sino, outros nunca o ouviram mas eu vos trago a noticia, as seis badaladas do grande sino significam perigo a vós, escondam-se todos, rezem e acreditem em Deus pois o perigo se aproxima.