Prólogo

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-Tomas na mídia-

-Tomas na mídia-

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POV Tomas

2 anos atrás...

– Eu sou a mulher da relação, eu é quem deveria demorar mais – falava Elisa, esparramada no sofá da sala esperando eu me arrumar.

Era dia 12 de janeiro, estávamos indo comerar seu aniversário que seria no dia seguinte. O plano era nos encontrarmos com Luana e Cadu no rodízio, e ficar lá até depois da meia noite, para podermos brindar os 23 anos da minha namorada.

– Preciso estar apresentável, para todos me olharem e falarem "Uau, o que um bombom desse anda fazendo fora da caixa?" – passei os braços ao redor de sua cintura, mas logo fui repreendido.

– Acontece, "bombom", que é bom você ficar bem quietinho na caixa, se não só deus sabe quando você vai sair dela de novo – ela arqueava as sobrancelhas a medida que falava.

Eu conheci Elisa nos últimos anos da faculdade, e posso dizer com todas as palavras, que desde o primeiro momento que eu a vi, eu a odiei.

Fui acostumado a ter o que eu queria quando eu queria, era mimado até o extremo, e quando eu conheci essa menina, não foi diferente. Eu queria ela, mas ela insistia em me dar foras. Achei que um dia iria acabar cedendo, afinal, ninguém resiste para sempre. No dia que isso acontecesse, eu poderia dizer que cumpri o mais difícil dos desafios.

Mas é claro, que sempre tem um momento que a vida olha pra nossa cara e pensa "hum, acho que ele ta feliz demais... Vou mandar o cupido dar um jeito nisso".

Eu parei de pegar qualquer menina nas festas, e não conseguia tirar Elisa da minha cabeça. Os olhos castanhos meio claros dela me deixavam maluco, o cabelo ruivo preso em um coque bagunçado me fazia ter vontade de bagunçar ainda mais. Ela simplesmente passou a ser bem mais que um desafio.

Depois do nosso primeiro beijo, a situação piorou. Minha intenção no início era apenas roubar um selinho, mas intensifiquei o beijo e, por Deus, que boca. Porém, por mais que ela houvesse correspondido, a menina insistia em negar qualquer coisa que pudesse haver entre nós.

As outras garotas começaram a perder a graça, nenhuma tinha o cheiro dela, os olhos dela, o cabelo dela. O beijo dela. Foi quando, por maior fosse minha indignação, eu percebi que estava apaixonado.

Eu mudei muito meu jeito de pensar, de tratar os outros e de me relacionar com o mundo. Meus amigos nunca perdiam uma oportunidade de me zuar e de fazer eu me sentir o maior idiota.

Depois de muito tentar, eu acabei dando um tempo pra ela. Decidi que não adiantava mais correr atrás de algo que nunca iria dar certo, afinal, nem amigos nós eramos. Na vida dela, eu era indiferente.

Até o dia em que ela mesma escolheu me chamar para sair. Confesso que na hora, eu travei. Em todos esses anos dessa indústria vital, essa era a primeira vez que isso me acontecia.

Se um dia você voltarWhere stories live. Discover now