prólogo

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A primeira vez que eu vi o Evan foi no ensino médio.

Ele estava começando a fazer testes e a participar de alguns projetos.

Ele não era tão famoso assim, não como agora.

Agora ele era muito conhecido e muito famoso.

E acho que, mereço algum crédito porque eu o incentivei a continuar quando ele quis desistir.

Não que eu mereça todo o mérito, mas em parte eu acho que mereço sim.

Eu o ajudei com suas inseguranças e com muita coisa então sim, eu mereço.

Ainda na escola nós nos apaixonamos, e namoramos por muitos anos.

Eu o acompanhei em tudo e sempre o incentivei em tudo.

E mesmo depois de alguns anos de relacionamento e com todo meu incentivo, ele terminou comigo.

Disse que tinha conhecido alguém e que estava apaixonado.

Que ainda gostava muito de mim, que me amava, mesmo assim escolheu ela ficar com ela.

O que eu poderia fazer? Nada, é claro.

E eu não fiz.

Não fiz porque estava muito chateada e muito brava por tudo que aconteceu.

Eu queria que ele tivesse sumido do mundo, mas como, se o mundo girava em torno dele?

Se ele era muito bom no que fazia e sempre tinha alguém falando sobre?

Eu não o desejava o mal, queria que ele fosse feliz.

E pelo jeito ele foi.

Porque me esqueceu completamente quando conheceu sua namorada de agora sete anos, ou melhor, sua noiva.

Mesmo que sempre estive afastada de tudo em relação a ele, parece que as coisas me procuravam porque eu sempre ficava sabendo.

Ele tinha uma noiva agora, noiva.

Antes, ele falava que iríamos nos casar.

Morar no litoral e ter quantos filhos eu quisesse.

Mas os planos mudaram e, ele iria se casar e não era comigo.

Eu ainda era apaixonada por ele é claro, sempre fui e provavelmente sempre serei.

E isso dói.

Dói por que eu o amo.

E dói porque eu não posso tê-lo.

Não mais.

Queria voltar para a época da escola quando era apenas nós dois, juntos.

Felizes e sem preocupações.

É bem provável que eu nunca o supere porque eu sempre fui a mais apaixonada e não ao contrário, mas eu gostava de pensar que eu iria conseguir sim.

Porque eu vou.

Eu já sofri um bocado por causa dele e depois de tantos anos ainda sofro um pouquinho, mas eu gostava de pensar que iria sim conseguir superar.

E eu vou.

Isso se, meus planos não tivessem sido interrompidos por ele.

Pedindo perdão.

Dizendo o quanto me amava e que, queria voltar.

Dessa vez, até o fim.

E, eu fiz o que meucoração pediu.

memories; evan petersOnde histórias criam vida. Descubra agora