A rainha das deusas

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                    MELISSA TREVISAN


No teu colo já me pus a chorar
Sem cessar
Dos teus olhos amorosos encantei-me
Dos seus lábios santos
Um dia não dei ouvidos
E errei



Nem a morte nos separa
Porque o que temos
Ultrapassa a vida, vai além da eternidade
Nunca acaba e nunca será esquecido
Minha lembrança de ti estará aqui
Pulsando no meu coração
Mãe, tú és minha razão de existência.




Com a beleza das 50 ninfas do mar
A sabedoria dos filhos de Atena
o dom do amor concedido por Afrodite
A perfeição apolínea
A justiça do deus dos deuses
A força de uma guerreira amazona
E valores inestimáveis
Só posso estar descrevendo
O melhor título universal
De MÃE




E que todas as coisas se danem!
Quando a mulher que me deu luz
Envolve-me calorosamente aos seus braços
Ela mostra pra mim oque é
Amor verdadeiro
Tornando esse instante
mais do que perfeito
Dessa forma, sinto que agora
Somos apenas eu e ela no mundo
Embora, sabendo
Que vou deixá-la
Porque preciso crescer
No entanto, irei me arrepender disso
E o mais rápido impossível possível
voltarei me humilhando
Com os olhos inchados
O coração esfaqueado e a boca sem cor
Devido ao tamanho
Do meu arrependimento
Assim, quando ver novamente
A tua face angelical
Irei beijar os seus pés 
Com chorosos gritos
Para implorar teu perdão misericordioso




Morreria por ela
Mataria por ela
E morreria junto com ela





Rainha das deusas,
Gostaria de lhe prometer
Que nas noites quando estou distante derramada no chão
A sombria saudade com gosto de luto
Não me faz afogar nela 
Todavia
Ao colocar minha cabeça no travesseiro lembro sim de ti
Juntas
Pareço uma fortaleza na tua frente
Para nós nos permanecermos fortes,
Mas quando distante
E os problemas aparecem
Volto a ser aquela criança insegura
Desabando sem pensar





Nenhum cheiro
Nenhuma comida
Nenhum carinho
Nenhum momento
Nenhum diploma
Nenhum capital
Nenhum sorriso
Nenhum livro
Nenhuma memória
Nenhum sonho
Nenhuma virtude
Nenhum casamento
Nenhum poder
Nenhuma amizade
Nenhuma fama
Nenhum lugar
Nenhum prazer
Nenhuma pessoa
Se compara ou ocupará o espaço
da vossa grandiosidade
Divindade insubstituível
Sacrificadora de tudo pelo bem da cria
Enfiaria as unhas de modo sangüinário brutal
Rasgando a alma de quem tentasse colocar espinhos na sua prole
Ninguém faz,fez ou fará
Oque você,minha única, contribuiu a mim





O amor de mãe é
Tão gracioso quanto a juventude
Quase tão imenso como o amor dívino
Memorável tanto quanto a infância
Paciente como um cordeiro
Mais apaixonante do que a lua
Apaziguador feito a natureza
Nem se aproxima do brilho das estrelas
Mais cuidadoso do que o anjo da guarda
Comparável ao encantamento das três graças
Tem a bravura de um touro explosivo
És mais puro que o próprio mel




Uma mãe não é mulher, e sim
Uma deusa
Piedosa,doce,mansa
Ás vezes nem mereço a minha me amar
Por fazer ela tolerar o intolerável
Entretanto, mesmo assim
Honro esse indivíduo exímel exageradamente
Até porque quando os céus
Extirparem-a de mim
Sentirei sua falta mais do que
Para todo o sempre
Pois sem mãe, sem vida

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