A primeira lição

Ser o Yin dentro do Yang

*Notas iniciais: Well... Essa fic é pro desafio de Outubro do grupo Congregação Deku Seme no fb. O tema era musicas de filmes da Disney, e eu extremamente sortuda peguei MULAAAN (yaaaaaaay pulando pela sala). A musica escolhida é "A primeira lição" de Mulan 2 (vai ta aí embaixo caso queiram ouvir...) 

Aviso: coloquei como se tivessem no 2 ano, por uma questao de ter tido mais tempo de interaçao, mas os eventos que eu narro já apareceram no anime/mangá. 

É isto. Espero que gostem ^^  *

A chuva lá fora parecia combinar com a ansiedade dentro de mim. Os trovoes ecoando esses pensamentos tão conflituosos. Já faz alguns dias que não consigo dormir, mesmo que esteja cansado. Os treinos da U.A só ficam cada vez mais pesados e mesmo assim não tenho descanso.

Começo a repassar mentalmente os fatos, pra ver se aquilo me distraía um pouco, ou quem sabe eu consiga descobrir o porquê de toda essa inquietação. "Meu nome é Izuku Midoriya, estou no segundo ano da melhor escola de heróis do mundo, sou o herdeiro do One for All, além de ter o herói numero 1 como mentor e muitos amigos. Todos achariam que a vida tem sido boa até demais, contudo não era bem assim, e por um motivo que tem olhos vermelhos intensos, cabelo loiro arrepiado e um temperamento tão explosivo quanto sua individualidade: Katsuki Bakugou."

Desde a luta com Todoroki no festival desportivo, fui reconhecido pelo meu amigo de infância, a partir daí nosso relacionamento evoluiu bastante, conseguimos retomar a amizade perdida, e nesse meio tempo outros sentimentos floresceram. Fazia quase 3 meses que eu tinha me declarado para o loiro e desde então estávamos namorando.

Obviamente, eu sempre soube que lidar com o temperamento de Bakugou não seria fácil, mas na real, ultimamente tem sido impossível. A gente briga por cada mínima coisa. E o besta do Midoriya aqui sempre é aquele que cede, e agora todas essas discussões terminavam de 1 jeito: uma luta e depois fazendo as pazes na cama. Mas isso era apenas de maneira superficial, os ressentimentos só iam se acumulando.

Um relâmpago corta o céu e ilumina o interior do meu quarto. Olho para baixo e observo o rosto do garoto recostado no meu peito descoberto. Ele tinha uma serenidade forçada pelo cansaço da nossa mais recente brincadeira, era até engraçado que ele parecesse tão calmo agora.

— Que coisas pervertidas você ta pensando nerd maldito? – Bakugou fala de maneira preguiçosa enquanto abre os olhos lentamente. Essa é a cena que eu mais adoro. Aposto que os grandes leões acordam exatamente assim.

— Só estava pensando no quanto você é lindo dormindo. – Seu rosto cora com a minha resposta. Ele se levanta, acende a luz e procura suas roupas. Eu so fico observando orgulhosamente todas as marcas que deixei no corpo dele, até ele se vestir.

— Isso aqui não muda nada Deku. Não é porque eu deixei você me comer que tá tudo bem agora. Eu ainda estou puto. – Ele fala antes de sair, me dando a sua melhor carranca.

Puxo seu braço para virá-lo para mim.

— Nem começa com isso Bakugou. Com que merda você está puto? O que foi que eu fiz dessa vez?? Eu nem lembro mais o motivo dessa discussão.

— Aí é que tá! Você nunca faz nada infeerno! Que merda foi aquela no Ground beta hoje? – Bakugou começa a gritar e cerrar os punhos para impedir de criar explosões. Afinal são 3h da manhã.

— Você ta chateado comigo por conta do treinamento? – Eu falo, olhando pra ele incrédulo.

— Porque deixou a dupla de inúteis do Sero e Kirishima ganharem de você? Se você não perdesse tanto tempo pensando que nem um bosta inútil, não teria sido capturado!