Oferenda

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–Eu o vi finalmente, Eleu.

–Bernardo?

–É.

–Vocês lutaram?

–Não.

–Transaram?

–Infernos, Eleu!

–É uma pergunta razoável dados os últimos acontecimentos. – Eleu contornou a escrivaninha para ir até a escotilha aberta. A tempestade que vinha cuspia fragmentos na pele morena de seu rosto. –O que ele queria?

   Sollis coçou a cabeça antes de responder.

–Comida, se entendi bem. Estava preocupado com a vila.

–Somos piratas, Sollis, não humanitários.

–Ele é um sacerdote agora.

–É a cara dele, não é? – Eleu fechou o tampo, mas ainda fitava alguma coisa além do vidro baço– Vem uma tempestade aí.

–Eu vi.

–Já decidiu se vai lançar a oferenda no mar?

–Você sabe que eu acho isso uma idiotice.

–Os homens não acham.

–Que seja, mas antes diga para que soltem as mãos do coitado.

Eleu riu.

–Está amolecendo, Capitão. Acha que eles não percebem isso?

–Você não entende porque é jovem, Eleu de Marsellas. Um homem pode aprender muito com o mar, deixe que passem os anos.



---------------------------------------------------------------------------------  <3 

Se você quer saber quem vai ser lançado no mar como oferenda, deixe seu voto, crítica ou elogio e logo logo eu termino de postar todos os capítulos prontos. 

abs

L. Ghost


SollisWhere stories live. Discover now