CAPÍTULO 1
Era cedo, o dia começava e lá no meio da mata avistei algo novo. Fui caminhando em direção a novidade e ali bem pertinho do meu pé, encontrei o que não imaginava encontrar, uma criatura com asas, dormia profundamente exausta. Havia penas por todos os lados, brancas, grandes e pequenas. Aproximei e vi o rosto da criatura. Magnificamente humano, os olhos fechados ainda deixavam transparecer toda a luminosidade que eles, abertos certamente teriam. Agachei e fiquei ali. Sua pele negra, era lustrosa, parecia uma escultura feita de chocolate. Não sei quanto tempo se passou, até que a criatura abriu os olhos castanhos, olhou-me e num sorriso grande e sincero me disse em alto e bom som:
__ Que bom que você chegou!
Tão angelical era a criatura que nem pude me assustar. Sua presença emanava algo maior. Uma paz exalava da coisa ali deitada em minha frente. Um temor também, por que qual motivo estaria ali um anjo me esperando? Não pensei muito.
O homem levantou, suas asas se desmancharam como pó que foi levado pelo vento leve que soprava naquele lugar. Incrivelmente a criatura tão antes angelical assumiu um ar sereno de pura humanidade. Mas não era nada humana se olhassem mais de perto. Talvez seu corpo interiormente fosse vazio e creio que o era. Ela olhou para mim, e com ar afetado e malicioso segurou em minhas mãos:
__Vamos! Disse ele.
__Para onde? Perguntei.
__Para nossa missão!Temos muito que fazer.
E assim fomos rumo a uma missão.
Não saberia dizer onde estávamos e nem como havia chegado ali. O lugar era escuro e frio. Eu estava antes em um pequeno bosque agora diante de mim ou em cima se formava uma enorme caverna. Ouvi as gotinhas caindo das rochas molhadas, e seguir em direção onde todos os pingos se juntavam em um pequeno lago. Então acima de nossas cabeças um buraco se abriu, entrado por eles raios de luz que iluminavam todo o ambiente, era como uma imensa cúpula construída pela natureza, com enorme abobada, aonde por um só local chegava à luz da superfície e iluminava todo o ambiente. As paredes apresentavam pinturas rupestres, que lembravam arte primitiva. Cada pintura tinha uma cor diferente desde carmim, passando pelo amarelo até o preto carvão. Eram desenhos de homens, guerreiros, animais enormes e extintos, lutas. Havia também desenhos feitos de ouro. Representavam homens e guerreiros de eras diferentes, cada um portava uma armadura e suas próprias armas, de tamanhos diversos. Havia a gravura de homens primitivos, segurando lanças, com cabelos compridos e corpos robustos, depois seguia por cavalheiros de armaduras medievais, e também gladiadores, tinham muitas espécies de guerreiros em desenhados em ouro. Soldados das guerras do século XX, piratas, romanos, gregos e egípcios, ameríndios e aborígenes. As pinturas eram de uma diversidade enorme de pessoas, homens e mulheres. Enquanto eu admirava tamanha arte, A criatura cor de chocolate se aproximou de mim dizendo logo em seguida:
__Escolhe os guerreiros que você quiser!
__Escolher? Perguntei.
__Sim. Apenas escolha. Escolha seis gravuras. Mas fique ciente que este será o seu grupo, terá que comandar nos duelos que virão. Então faça a escolha certa.
__Duelos? Só seis guerreiros? Como assim?
__Apenas escolha. Seis gravuras, não significam seis guerreiros. Mas cuidado muita força sem a inteligência nada adianta. Muita inteligência sem força, nada adianta. Pode-se vencer sem batalhar, mas pode batalhar e vencer e também perder.
__E se eu não quiser escolher?
__Pode lutar só? Escolha somente seis. Tenha paciência e pense nas suas escolhas. Uma vez feita não poderá ser mudada. Talvez possa acrescentar, mas isso exige sacrifícios. Então cuidado ao escolher.