Barba estava ansioso. Festas Juninas eram propícias à paquera. O correio elegante ziguezagueava eufórico com seus recadinhos, enquanto os minutos na prisão do amor eram acirradamente disputados.
Migalhas de pipoca e caldo de canjica espalhavam-se pelos fios. O quentão escorria e os aquecia. Nem precisava. Barba se coçou, reivindicando limpeza. Tinha de estar impecável.
De longe, vislumbrou ela: Trancinha, toda graciosa, balançando levemente à fria brisa noturna. Apaixonou-se. Não era dessas penduradas em chapéus de palha. Não! As madeixas eram macias e naturais.
Barba ouriçou-se quando seu companheiro trocou olhares com a moça. A oferta da maçã do amor serviu para aproximá-los. Entre um bocado e outro, Barba e Trancinha compartilhavam doçuras.
Seguiram para a quadrilha. Trancinha pulava para cá ao grito da chuva, saltava para lá ao anúncio da ponte que caiu. No embalo do ritmo, esbarrou-se em Barba que, esperto, nela se enroscou.
A fogueira crepitava ao toque de São João quando se entrelaçaram em beijos.
![](https://img.wattpad.com/cover/191778655-288-k295516.jpg)