♤ prólogo ♤

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 Hansel Prichett não poderia atender ao desejo de sua primogênita.

Não dessa vez.

Com os olhos redondos e castanhos, Charlotte implorava ao pai que a escutasse.

O barão suspira, acariciando o rosto da filha.

— Eu não posso deixar minha única filha mulher sozinha e indefesa nesta casa enorme por tempo indefinido. — Hansel explica. — Eu não posso perder mais uma mulher da minha vida.

Hansel esperava que a filha pudesse compreender suas razões. E ela entendia, só não concordava.

— Não vou estar sozinha. Estarei com vovó todo tempo. — Charlotte tenta convencer o pai uma última vez.

— Sua avó está muito debilitada e será incapaz de protegê-la se algo vier atacar a casa. — ele diz. — Estou fazendo isso apenas porque te amo, Charlotte.

Charlotte sabia reconhecer uma derrota. Seu pai estava irredutível, então não perderia mais tempo gastando suas energias para convencê-lo.

Ela força um sorriso.

— Tudo bem. Eu entendo, papai.

Independentemente a insistência do pai, Charlotte imaginava o que fez o vivido e experiente Hansel Prichett mudar de ideia.

Afinal a garota se lembra muito bem que quando Hansel recebeu a notícia de que ele e seus dois irmãos caçulas iriam para a batalha dos dois grandes reinos, o homem de meia idade não mencionou nada sobre ter medo que a filha ficasse sozinha com a avó na residência.

Caçador de sonhos [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now