— Você pegou tudo?
Gabriel perguntou, as mãos envolta do cachecol que estava enrolado no pescoço do melhor amigo estavam ajeitando o tecido quentinho ali, para que quando saísse, o baixinho estivesse bem aquecido.
— Sim, Gab, eu peguei. — Lucas riu da afobação do amigo, fazendo careta ao sentir as mãos do mais velho em seus cabelos. — Não, não! Eu já arrumei meu cabelo, não faz isso! — deu tapas nas mãos do outro.
— Eu só queria cuidar de ti, boo. — deu de ombros fingindo não sentir dor pelos tapas. — Está frio, precisa se aquecer e tentar ao máximo não pegar um resfriado.
— Eu não pego resfriado, ele que me pega. — brincou e recebeu um aperto no nariz em resposta. — Agora você foi longe demais.
— Cala a boca que eu vou chamar o uber.
— Uber? Cara, eu vou andando. — bateu os pés no chão. — Não sou um bebê e nem uma criança pra você chamar um uber.
— Lucas. — os lábios reprimindo qualquer emoção, juntamente com o olhar sério do mais velho fazia o mais novo tremer pois sabia que dali, sairia algo que ele não poderia brincar. — Você vai de uber, já imaginou se a chuva te pegar em meio ao caminho? Você se afoga e nem sabe.
Ou poderia sim.
— Sério, Gabriel? Haha. — cruzou os braços e sentou no sofá, agora ficaria ali, esperando o uber, gabriel tinha que pagar por causa da piada sem graça! só por causa disso. — Haha.
— Haha. — gabriel imitou e levou uma almofada. — Haha. — levou mais uma e se sentou ao lado do mais novo, este que jogou as pernas sobre as do outro. — Chega em dez minutos, sabe o que a gente pode fazer em dez minutos? — sorriu malicioso.
— Sei. — Lucas sorriu malicioso e pegou o próprio celular. — Vamos bloquear todas as radfems no twitter!
— Xingar é melhor. — os dois começaram á mexer nos celulares, soltando risos de um lado e xingamentos para o outro, após um tempo, veio a notificação da chegada do carro.
Ambos se levantaram, o silêncio então pairou na sala, era a hora que ambos não queriam que chegasse. A hora da despedida.
— Quando você quiser..
— Eu queria dizer..
Riram, mas logo pararam.
— Eu queria dizer que me diverti muito com você nesse mês. — as bochechas dos dois formigaram em vermelhidão. — Eu senti como se morasse aqui.
— Essa pode ser sua casa sempre que quiser, boo. — o chamou carinhosamente, levando as pontas dos dedos até a pele da bochecha do outro. — Você sempre vai ser bem-vindo aqui. O meu lar é o seu lar também.
— Garoto, eu vou chorar! — e antes que eles pudessem conter as lágrimas, essas já deslizavam por ambas as bochechas. — Eu gostei tanto de passar o tempo contigo, de verdade, sem reclamação alguma. — se abraçaram forte, como se quisessem permanecer ali para sempre se pudessem. — Obrigado.
— Eu que tenho que te agradecer.— apertou o garoto em seus braços, aproveitando a companhia, quando Lucas fosse embora, a solidão iria gritar novamente em seus ouvidos e se sentiria vazio. — Você é tudo pra mim, lu. — sussurrou contra os cabelos arco-íris do outro. — Tudo.
E como se estivesse respondendo o melhor amigo, o mais novo retribuiu o abraçou forte. — Permaneça saudável, sim?
— Você também. Coma, se hidrate, me avise quando chegar no aeroporto e quando voltar pra São Paulo, okay? — ouviram uma buzina. — Aí que droga. — riram de nervoso, se separaram e trataram de limpar o rosto, deixando as bochechas úmidas e os olhos pequenos. — Eu te amo, ok?
— Eu também te amo. — se separaram e então Lucas pegou suas malas, olhou cada detalhe da sala e olhou para Gabriel. — É... Tchau.
E com um pesar no coração, o mais velho respondeu: — Tchau, pitico.
Se olharam mais uma vez antes do colorido sair, Gabriel se sentiu triste, o coração se apertando em solidão e até mesmo de tristeza. — ESPERA! — gritou antes de que começasse á chorar novamente. — Eu vou com você!
— O quê? — Lucas e o motorista (que o estava ajudando á colocar a pequena mala no porta-malas) olharam para o outro homem. — Você enlouqueceu?
O outro pegou a chave, a carteira com os documentos e o celular, trancou a porta de casa e correu até os outros dois homens. — Eu vou com você.
— Mas..
— Se for pra aproveitar um tempinho com você, que seja até o último minuto. — ambos sorriram.
Aquela pequena atitude valeu por inúmeras palavras. Ambos entraram no carro, em direção ao aeroporto.
Gabriel queria cuidar de Lucas pois cuidar é um ato de carinho, simpatia e de comunhão. Cuidar é amar.
—
puts depois dessa to muito boiola.
te amo, pitiquinho, namjacket
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;takecare
Historical Fictioncuidar é um ato de carinho, de simpatia. cuidar significa estar ao lado. cuidar significa amar. então, posso cuidar de você? [2019]