Capítulo Único - Falando em planta...

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Notas: Essa história se passa logo depois do episódio seis da segunda temporada de desaventureiros. Boa leitura.

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Vic não se sentia tão bem perto de Fliq desde da dramática declaração de amor do meio elfo. Existia nisso um grande peso para ele, para a sua fraca auto estima. Ele sabia que nenhum tipo de amor deveria ser um peso. Mas perceber que era o mais odiado por um reino, trazia peso para tudo. Ver ele com Salaz era difícil. Ele queria os dois. Não era correspondido por nenhum. E foi morto por um.

Depois de ter recebido um sopro de motivação por Shi, ele decidiu que deveria ir atrás de seus baldes.
Pegou seu alaúde,e sua máscara preta e verde com um longo bico. Máscara amarrada de qualquer jeito em sua nuca, alaúde pendurado cuidadosamente em suas costas. E saiu do esconderijo determinado à reunir sua party. Começou a descer as escadas do esconderijo determinado à isso. E chegou ao final delas determinado à reunir Fliq à si.

  Shi e Geburath se olharam confusas e deram de ombro.

  O caminho embora longo, se passou rápido e sem muitos pensamentos presentes. Ele sabia exatamente onde Fliq estava, para quem o conhecia bem, o ladino podia ser previsível as vezes.

  Fazia tempo que Vic não se sentia animado. A animação que havia sido negligenciada voltou como se tivesse se acumulado durante esse período. Sentia várias perguntas pinicarem em sua mente.

  Subia o morro sob à luz das estrelas, e debaixo da lua que se mostrava perfeitamente naquele lugar durante o inverno. Subir ali estava se tornando cansativo e ofegante. Pegou seu alaúde e começou a tocar uma melodia para o trazer energia.

Fliq ouvia a música, ouviu ela tantas vezes, em tantas missões,tantas vezes em que a exaustão já o dominava, aqueles acordes o libertara em todas. Tentava fingir que o motivo de seu coração estar acelerando era simplesmente o efeito da música, e não de quem a tocava.

Olhava para os lados procurando Vic, se guiava pelo som da canção para direcionar seu olhar. Quando ouviu um "Oi"meio berrado, Fliq olhou para a lua para disfarçar sua procura. Berrou "oi" de volta. Então a figura pouco iluminada do bardo chegou ao topo do morro. E se sentou ao lado de Fliq que continuava olhando a lua.

-Já reparou que tem um coelhão ali?   -Fliq apontou e depois delineou as crateras que o intrigava- Meu pai sempre me disse que foi o Torta de Limão que tinha se desenhado ali.

-Já reparei sim. -disse Vic enquanto dava um sorriso.

Talvez o que ele disse depois tenha sido efeito da música que ele tinha tocado. Ou talvez fosse efeito das palavras de Shi.

-Falando em planta... O Salaz te deixa ficar com outras pessoas? Quero dizer, não é que ele tenha que deixar, mas vocês combinaram isso?

Ele recebeu uma resposta dita devagar e em um tom claramente confuso:

-Eu não falei de planta... Mas sim... Não sei o porquê você quer saber disso. E não dá pra te levar muito à sério com essa máscara.

-Falou de limão.

-Ah verdade

Vic rapidamente tirou a máscara e a botou no chão. Se sentia um pouco desconfortável com isso.

-É que eu tava pensando em uma missão em que fosse teria que fazer isso. -Mentiu ele; fazendo Fliq olhar desconfiado.

-Ai tá bom, tá bom. Chega de mentiras.-respirou fundo, pausou,e tentou ser rápido, como quem tira um Band aid- É que eu quero você. Eu quero você, Fliq.

O meio elfo já tinha sonhado com momentos como esse várias vezes, nos seus sonhos ele sempre acordava antes de reagir a essa frase, mas lá está ele, bem acordado. Com seus pensamentos balbuciando. Decidiu que ia desligar a sua mente.

Levou sua mão ao rosto de Vic e fez um suave carinho. Vic segurou a sua cabeça praticamente o imitando. Ambos observavam felizes como o outro ficava naquela luz prateada. Vic se aproximava lentamente enquanto a mão de Fliq deslizava para o seu cabelo. E então se beijaram pela primeira vez. Com calma, para aproveitarem esse momento que demorou tanto pra acontecer. De vez em quando paravam pra trocar sorrisos. E alguns minutos se passaram assim.

E a noite se passou com eles deitados na grama olhando para o céu e a paisagem da escura floresta vista do alto, enquanto se abraçavam. Pegaram no sono ali mesmo. Como se não existisse nenhuma preocupação que eles precisassem ter, como se não tivesse nenhuma perseguição à eles. Naquela noite, naquele lugar, só tinha carinho, vegetação, e a lua com seu brilho e seu coelhão lunar.



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⏰ Letzte Aktualisierung: Aug 24, 2019 ⏰

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