𝑶 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐 𝒉𝒐𝒎𝒆𝒎 𝒅𝒆 𝑮𝒆𝒐𝒓𝒈𝒊𝒂

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Georgia Adamik, segundo sua família, seus amigos e seus antigos professores, é a menina perfeita.

Georgia possui divinal beleza. Possui venustos cabelos encaracolados cor de avelã, orbes amêndoas e tez macia e delicadamente amorenada, levemente bronzeada, lábios macios róseos e carnudos, sensuais e convidativos, tingidos de vermelho vinho, tão macios e vermelhos como as pétalas de uma rosa vermelha. Georgia é uma menina catita.

Além da estonteante beleza, a menina possui inteligência acima da média. É fluente em gaélico escocês e outros idiomas, como o romeno e o italiano. É apaixonada pelos livros, romances, sonetos e poesias da literatura clássica, sendo ainda mais apaixonada pelos romances e estórias românticas eróticas. Georgia é uma dama fascinante.

Georgia, além de possuir admirável inteligência, clarividência e de ser a mais bela entre as rosas do roseiral, é uma dama casta, uma dama virtuosa. Virginal. Virgem. Nunca relacionou-se sexualmente com nenhum homem.

Em uma manhã de inverno, estava nevando e a polonesa decidiu visitar a biblioteca de Warsaw, algo que costumava fazer constantemente, pois adorava visitar bibliotecas, livrarias, museus e cafeterias, principalmente em manhãs de inverno.

Georgia havia conhecido na biblioteca um escocês chamado Drystan Arturis, filho do dono da Arturis Bookshop, uma importante livraria na Escócia, existente desde a década de 1940, durante a Segunda Guerra. O rapaz possui cabelos docemente encaracolados castanhos, cor de café, orbes azuis como o Céu, tez da cor da neve da Escandinávia, lábios róseos, carnudos, às vezes usava óculos redondos, inverossímil inteligência, ainda superior à de Georgia, o que fez o coração da dulcificada polonesa arder nas ardilosas labaredas da paixão.

Arturis vive em Warsaw desde os dezoito anos, a fim de expandir a antiga Arturis Bookshop para a Polônia.

A menina passou meses pensando em Arturis, de vinte e três anos de idade, tão donairoso e charmoso quanto um Anjo. Drystan era um entusiasta da literatura clássica assim como a polonesa. O castanho de seus cabelos, o azul escuro das misteriosas e profundas orbes do escocês e sua voz grossa e rouca estavam esculpidos na mente da menina polonesa, o que fazia a mesma sentir o coração palpitar a cada detalhe de Drystan que imaginava. O Rei de meu coração, pensava a misericordiosa e bondosa menina polonesa.

Em uma manhã de inverno, desta vez, nevando ainda mais do que nas manhãs anteriores, Georgia decidira visitar novamente a ler um livro grande de poemas românticos. Românticos eróticos.

Enquanto lia e perdia-se nas palavras e nas insinuações sexuais da obra literária, ouvira a voz rouca e sensual na qual a leva ao delírio toda vez que a ouve.

- Não achas que és muito nova para ler romances eróticos, doce dama? - perguntou o escocês.

- Eu já tenho vinte anos. - respondeu a polonesa. - Não sou tão nova quanto Tu pensas.

- És algo difícil de imaginar, uma bela dama encalistrada lendo romance erótico. Tão sensuais quanto os Teus lábios rosados pintados de vermelho. - disse, fazendo as maçãs do rosto da dama ganharem uma tonalidade rosada. - Gostaria de dizer-Te uma coisa, Georgia.

- Diga-me, Drystan. - Georgia deu atenção ao escocês. Estava esperançosa.

- Desde o dia em que defrontei-me com Teus catitos traços de Teu apolíneo rosto, Teus cabelos encaracolados avelã, Tuas orbes amêndoas, Tua tez amorenada, exótica para uma dama polonesa, Teus lábios, oh, Georgia, Teus lábios rosados, carnudos, pintados deste vermelho sensual, pecaminoso, percebi que meu coração ardia nas labaredas da paixão, oh, Deus, Tu és a mulher que invade meu coração, a Rainha de meu coração, então queria convidar-Te para sair comigo, para tomarmos um café, conversar e até mesmo para nos conhecermos melhor. Eu imploro que aceites, minha Dama, imploro a Deus que aceites. Tu não sabes o quanto estou apaixonado por Ti. - a polonesa quis chorar, pois estava tão apaixonada quanto o escocês, e seu coração ardia ainda mais nas labaredas do pecado, ainda mais por ter toda certeza de que seu dulcificado sentimento era recíproco. Não pensou duas vezes antes de aceitar o convite do escocês.

𝑽𝒊𝒓𝒈𝒊𝒏𝒂𝒍 𝒆 𝑪𝒆𝒓𝒕𝒊𝒏𝒉𝒂Where stories live. Discover now