Uma vida de metades e Carpe Diem

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Há muitos aceitando a metade. Um meio amor, uma meia amizade, uma meia felicidade, uma meia vida. Abstencendo-se e perdendo sua individualidade em uma sociedade padronizada. Deixando-se levar pela maré de mil possibilidades e zero razões, zero emoções.

Eu, porém, não quero mais me contentar com a metade. Amores foram feitos para serem vividos apaixonadamente. Amizades para encontrar seus irmãos por quem arriscaria tudo, a quem confiaria tudo. A felicidade, para ser sentida intensamente quando se fizer presente e saber também quando está tudo bem não a possuir no momento. E a vida... Ela certamente deve ser vivida plenamente.

Busco quem busque intensidade e reciprocidade. Ofereço a quem souber reconhecer lealdade e confiança até morrer. Pessoas vêm e vão, é fato, mas às vezes é necessário fazer um esforço maior para ficar e para o outro não separar. Relações, de todos os tipos, precisam ser cultivadas, cuidadas, assim sendo cativadas. E não se esqueça, parafraseando a sabedoria de um livro infantil, que você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa.

Portanto, assim lhe digo: não descarte as amizades, os amores, com tanta facilidade. Tampouco descarte seus sonhos. Por mais bobos ou inalcançáveis que possam parecer, continue sonhando. E, caso não consiga alcansá-los, não se fruste em demasia. A caminhada é mais importante e deve ser mais prazerosa que a vista do topo.

Sinto-me na obrigação de encerrar citando um famoso ditado latino: "carpe diem". Pois de nada vale viver uma longa vida para, quando chegar ao final dela, perceber que não viveu.

"Fui para os bosques para viver de livre vontade,
Para sugar todo o tutano da vida
Para aniquilar tudo o que não era vida
E para, quando morrer, não descobrir que não vivi!"
Henry David Thoreau.

Palavras Planetárias do Meu Pequeno UniversoWhere stories live. Discover now