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-- O que é isso...? - Minhyuk notou um anel brilhando em seu dedo ao se espreguiçar -

Olhou ao redor; se lembrava da festa, das bebidas, do som alto, e de ter conversado com amigos do dono da casa no primeiro dia de agito.

No segundo dia, lembrava de ter sido avisado que a festa continuaria em outro lugar, mas não havia nada em sua memória depois disso.

-- Devo ter bebido todas.

Levantou da cama, ainda meio tonto, e ficou surpreso ao olhar no grande espelho e perceber que estava nú.
Se aproximou do objeto, aumentando seu foco nas marcas vermelhas de dentes e unhas que estavam espalhadas por sua pele.

Olhou novamente para o anel em seu dedo, intercalando o olhar também entre as marcas. Seu estômago revirou pelo pensamento que invadiu sua mente.

Sem perder mais tempo, vestiu uma calça que achou jogada no chão do quarto, e correu escada abaixo, procurando Changkyun, o dono da festa.

Viu que pessoas estavam dormindo por toda parte, e que garrafas, latas e copos enfeitavam o chão em sua totalidade.

Fragmentos de memórias começaram a surgir em sua mente, e ele lembrou de ter dançado com alguém mais alto naquele lugar, próximo à janela.

Minhyuk, agora ainda mais curioso e nervoso, procurou Changkyun entre as pessoas, mas não teve sucesso.
Invadiu todos quartos da casa enorme, mas também não o encontrou.

De repente, sua mente trouxe uma lembrança que ele julgou ser boa de mais, e também um pouco estranha, para ter esquecido assim do nada.

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Minhyuk estava bebendo, conversando com Changkyun e alguns amigos, quando alguém chegou por trás, beijando sua nuca. Ele se arrepiou, mas não ficou surpreso ao ter aquela mesma pessoa o girando e beijando de uma forma tão lasciva que os outros gritavam para que subissem as escadas e escolhessem um quarto.

O gosto extremamente forte do álcool nas duas bocas se misturaram, entorpecendo ainda mais os que estavam tão presos ao ósculo.

O homem, que ele não conseguia ver o rosto, fez questão de tocar o anel que estava em seu dedo, e ele sentiu que o mesmo estava sorrindo contra sua boca.

-- Agora estamos prontos para a melhor parte da festa. - a voz estava baixa, mas invadiu seus ouvidos, ultrapassando o som da música alta que ecoava -

-- Diga ao Changkyun para não nos incomodar, e eu estarei esperando no primeiro quarto, perto das escadas.

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Apenas disso conseguia se lembrar o Lee. Ele começou a bater a cabeça na porta do quarto que saiu quando acordou, entrando nele novamente em seguida.

-- Por que não consigo lembrar do seu rosto? O que realmente aconteceu nessa festa?

Sentou na cama, notando que os lençóis estavam sujos, mas havia um cheiro diferente ali; cheiro de perfume doce, mesmo que não fosse tão forte.
Alcançou o travesseiro ao lado do que dormiu, e o cheirou, torcendo para que aquele cheiro fizesse algumas lembranças retornarem. Mas nada aconteceu.

Minhyuk se jogou no chão, e gritou de frustração, encarando o anel em seu dedo mais uma vez.

-- Como posso não lembrar?! Lembra! - bateu em sua cabeça - Lembra, porra!

Rolou no chão, e acabou se deparando com uma pulseira colorida de miçangas e sementes, que continha um pingente com o símbolo da paz. Mais uma lembrança surgiu.

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-- Espera, vou tirar ela.

O homem, que estava sob ele na cama, jogou a pulseira no chão.

-- Não precisava ter tirado.

-- Não quero machucar você de novo.

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Minhyuk levantou do chão com a pulseira na mão, e saiu correndo escada abaixo mais uma vez, berrando o nome de Changkyun.
Estava farto de não lembrar sobre tudo o que aconteceu consigo mesmo durante o fim de semana.

-- O Changkyun não está. - Jooheon disse antes de sair da casa com dois grandes sacos de lixo em mãos -

Minhyuk o seguiu.

-- Pra onde ele foi, Jooheon?

-- Eu não sei. Me deixou sozinho na cama quando seu marido apareceu desesperado na porta do quarto.

-- Meu marido...? Jooheon, que brincadeira é essa?

-- Hyung, você também não lembra de ter casado? Eu fui uma testemunha.

-- Que porra é essa? Você ainda tá bêbado? Como posso ter casado?

-- A anel brilhando no seu dedo parece confirmar o que eu digo.

Minhyuk encarou-o novamente, mas não conseguia mesmo lembrar do momento em que o recebeu.

-- Se isso é verdade, onde está o meu marido?

-- Eu já disse que não sei. O Hyungwon deve estar com o Changkyun agora.

-- Hyungwon?

-- Chae Hyungwon.

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-- Hyungwon. Meu nome é Chae Hyungwon.

-- Eu sou Lee Minhyuk.

-- Quer dançar, Minhyuk?

-- Meu nome sai tão bem na sua voz. Não quer gemer ele pra mim, Hyungwon?

-- O que quer dizer?

-- Você entendeu o que eu disse. - sorriu antes de puxar o garoto alto pela camisa e colar os lábios nos dele -

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Agora Minhyuk tem um nome, mas apenas o nome. Ainda não consegue lembrar do rosto daquele homem chamado Chae Hyungwon.

-- Eu vou ficar louco!

-- Se você realmente não lembra dele, isso vai ser um problema, porque estão mesmo casados.

-- Ah, jura? Liga pra o Changkyun e pede pra ele voltar de onde quer que esteja.

-- Bom, pelo menos ele lembra de você. Não que isso ajude, já que também está desesperado.

Jooheon tirou o celular do bolso e iniciou uma chamada com Changkyun. Durou menos de cinco minutos.

-- Ele disse que está voltando. Melhor se preparar.

-- Por?

-- O Hyungwon vem com ele.

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finalmente a hyunghyuk que eu tanto sonhei em escrever! vai ser curtinha (no maximo sete capitulos)

simbora! :)


We got married [Hyunghyuk]Onde histórias criam vida. Descubra agora