Hallowed be thy name

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Matthew 6:9-13

After this manner therefore pray ye: Our Father which art in heaven, Hallowed be thy name.

Zoro amanheceu confusamente relaxado e bem humorado. Só se deu conta de que estava assim quando se pegou sorrindo sozinho enquanto tomava seu sakê matinal, o que para alguém que mantinha uma expressão indiferente vinte e quatro horas por dia era bastante suspeito. Principalmente nas circunstâncias em que se encontrava. Havia fodido novamente o demônio, perdido o controle, feito tudo o que jurou não fazer de novo. Só de lembrar ele deveria logicamente se martirizar. Mas, diferentemente das outras vezes nas quais acabou frustrado e puto com ele e consigo mesmo, estava surpreendentemente calmo.

O que também era surpreendente era o fato de ainda não ter tido nenhuma ereção pensando no acontecido de ontem, mas talvez fosse porque seu cérebro não estivesse tão focado nisso quanto das últimas vezes. Sim, inevitavelmente também estava pensando nas partes pervertidas, porém o que era mais vívido em sua mente era aquele beijo. Zoro dormiu quase imediatamente depois do peso do corpo de Sanji sumir do seu próprio corpo, não se importando em arrumar a bagunça naquela hora obviamente, e a primeira coisa da qual se lembrava ao acordar eram os lábios macios do loiro nos seus. Geralmente quando o loiro o beijava era algo provocante e ele não conseguia resistir já que sempre estava excitado demais para isso. Entretanto, este não era o caso daquele pequeno selinho que ele prontamente retribuiu. Zoro o beijou porque não resistiu àquele sorriso, e talvez isso fosse mais preocupante que não resistir aos prazeres da carne, não que ele fosse se atentar para isso no momento.

Depois que treinou, com muita relutância, finalmente resolveu arrumar a bagunça no quarto. Precisou trocar seus lençóis que estavam destruídos e apenas ignorou o colchão rasgado, colocando um forro por cima dele como se nada tivesse acontecido. Malditas garras de demônio. Falando nelas, ele usava uma regata e mal notou que ela convenientemente deixava a mostra justamente as marcas dessas mesmas garras que havia levado em seu pescoço e nos seus ombros na noite anterior.

Já que havia levantado a bunda da cadeira para arrumar algo, o padre pensou que talvez fosse uma boa hora para criar coragem de arrumar outra coisa. E foi assim que Zoro terminou com a sua batina rasgada na mesa e um enorme ponto de interrogação acima da cabeça. Ele já havia tentado de todas as formas possíveis e imagináveis costurar a bendita, mas a agulha simplesmente parecia que não o obedecia. Talvez ele apenas não percebesse que estava dando o ponto para esquerda quando deveria dar para direita, entre milhares de outros erros esdrúxulos que apenas aquele padre de cabelos verdes cometeria. Depois de falhar tantas vezes, tentava pateticamente juntar os pedaços rasgados com uma fita isolante que achou perdida em suas coisas. Será que ia ter que apelar para pedir ajuda divina?

Sanji estava intrigado. Depois da noite incrível que partilhara com o padre... Zoro... Ele ainda se sentia nas nuvens, mesmo que houvesse se passado horas o suficiente para não restar nenhum vestígio de prazer em seu corpo, mas parecia que ainda podia sentir perfeitamente cada toque daquele homem. Zoro era de tirar o fôlego, não só na aparência como também na atitude dele. Era impressionante como uma pessoa basicamente virgem conseguia dar tanto prazer para um íncubo que já provara milhares de energias sexuais diferentes.

Tudo estava indo bem até contar para seu amigo íncubo Kid que havia pela primeira vez sentido prazer como um humano patético. Se o amigo não tivesse dito que o padre sequer sabia seu nome e que ele provavelmente só era uma pessoa muito boa que não queria que Sanji ficasse sem sentir prazer, não teria implicado com a situação. Obviamente que ignorara totalmente a segunda parte e sua mente de louco focou apenas no ponto de ele saber o nome de Zoro, mas Zoro não sabia seu nome ainda. Durante horas aquilo ficou batucando na sua cabeça, até que Sanji desistiu de tentar esquecer o fato e simplesmente surgiu no quarto do moreno outra vez obstinado a falar seu nome para aquele humano.

Incubus Love - ZoSan Where stories live. Discover now