Capítulo 1

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 - Senhor está bem?- uma voz estridente me chamou daquele sono profundo

-Onde estou?

- Bem... você simplesmente caiu do céu!

- Como assim?- perguntei assustado. Como eu havia caído no teto de uma pessoa, se a pouco tempo estava trabalhando na fábrica de pilha da Muracariote como químico chefe.

- É sinhô, você caiu na minha casa, olhe para cima!- ao olhar para cima, percebi que havia um grande buraco no teto na casa. A minha volta, era um ambiente escuro, com a luz do sol a pino entrando no ambiente escurecido.

-E em que país estamos?

-Ah! Não sei ao certo, mas a cidade aqui é "Nosso senhor de Guandano".

Ao dizer isso fiquei intrigado, "um país de língua espanhola" pensei comigo, "mas então como ela conseguia falar em inglês?", outra questão que eu não conseguiria decifrar naquele momento.

- Senhora!-Perguntei com um tom envergonhado- Como você se chama?

- Bem, eu me chamo "quinquagésima nona dos Polônio", ou somente Quinopa. E o senhor?

Enquanto ela falava o seu nome( ou uma coisa parecida ao que chamamos de nome), fiquei olhando pro sol entrando e para as poeiras da destruição do teto repelindo nos raios solares. Fiquei nessa posição por cerca de uns três minutos, até que aquela voz quase irritante me chamou a atenção novamente:

-Senhor! Está me ouvindo?

-Ah, claro! Me perguntou algo?

- Perguntei qual o seu nome!- disse irritada a mulher em cima de mim.

-Hum... Bem meu nome é Jamison.

- E de onde vem, Jamison?-indagou novamente com um tom de impaciência

-Bem, acho que venho de algum lugar distante...

Nesse momento, um preto apareceu a minha mente, não havia entendido o motivo, a única coisa que conseguia sentir era algum tipo de calor e uma voz fraca no fundo da minha cabeça, dizendo "como um pássaro voará sem suas asas e seus ossos e ocos e suas penas leves e suas ausência de bexiga e com sua respiração dos seres humanos reptiliana, girafa...", algo bem irritante que não entendia o porque de aquilo estar na minha mente, nunca havia me interessado por biologia, havia visto algo parecido a 30 anos atrás. Parecia que o tempo não passava naquela minha posição fétida, não sabia ao certo se havia um corpo material naquele momento( na verdade eu o tinha, pois sou um ser humano mas não conseguia senti-lo), somente ouvia aquela voz que me lembrava alguém e a escuridão completa, e o som ecoando, até que...

Estava caindo em direção ao solo, conseguia sentir a pressão atmosférica super pesada em minhas costas e um barulho latente do vento passando em meus ouvidos, não conseguia abrir os olhos, mas pressentia o claro do dia na minha visão fechado e sentia que estava caindo em muitos metros por segundo de velocidade, até que me indaguei, " será que eu vou cair de novo na casa daquela moça irritante, só queria voltar para minha casa".

Minha casa, melhor lugar não havia, não lembrava onde era mas sabia que era um lugar bonito. Havia um lago de um azul escuro e uma mulher( não irritante), que lembrava que era especial para mim de alguma forma, e uma menininha de grandes olhos de mel e um cabelo meio raspado, reluzindo um pouco de sua cabeça meio amarronzada. Não sabia quem era, mas sentia que aquilo me fazia bem, bem mais do que a sensação de estar caindo a uma velocidade inestimável.

Se passará um bom tempo( ou eu achava que o tempo passava), um razoável o bastante para bater no solo, mas parecia que eu estava no mesmo lugar que antes, porém, o barulho e a pressão se mantinha em meu corpo, assim sendo, não entedia mais nada. Já havia pressuposto que era um sonho bizarro, então não me pus à preocupação de ser real, contudo, nunca acordava. Geralmente, nos sonhos que eu lembrava ter tido, as quedas demoravam uma certa rapidez e seguiam a leis da Física, mas naquele caso não parecia ser algo do tipo.

Tentei abrir os olhos novamente...

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⏰ Última atualização: Mar 17, 2020 ⏰

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