Desde que viu Maria Eloísa pela primeira vez tudo o que Rafael quis foi levá-la para a cama e, como o dono do sorriso mais charmoso entre os homens da cidade, conseguiu. Mas não da forma como havia planejado, assim como também não imaginava que se a...
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MARIA ELOÍSA
Acordo sozinha, com os lençóis ao meu redor frios e o lugar de Rafael vazio, me lembrando vagamente de tê-lo ouvido se levantar mais cedo e de sua voz me avisando que sairia.
Esfrego os olhos sonolentos, me sentando devagar na cama. Não devem ser muito mais que sete da manhã, deduzo enquanto corro os olhos pelo quarto sombreado.
Nua, saio da cama, vestindo a primeira camiseta que encontro de Rafael numa das gavetas da cômoda. As blusas dele sempre passam da metade das minhas coxas.
Rafael é um homem grande. Muito grande, algo próximo a um metro e noventa e cinco. Tanto que chego a me sentir pequena perto dele, mesmo tendo um e setenta de altura.
Vejo meu celular em cima da cômoda e ando até ele depois de prender os cabelos, o pegando e voltando à cama para me sentar na ponta do colchão.
Há várias novas conversas não lidas a espera de resposta, vejo assim que desbloqueio a tela do aparelho e entro no aplicativo de mensagens, mas abro apenas as que mais me interessam, de mamãe, então Rafael.
"Bom dia, Flor, não tive tempo de explicar onde ia ao sair mais cedo. Quel se machucou em casa esta madrugada e recorreu a mim por isso saí às pressas. A trouxe ao meu médico particular. Pedi sua mãe para te fazer companhia até minha volta. Se alimente direito no café. Perdão te negar o beijo de bom dia."
Estou sorrindo ao acabar de ler a mensagem que me enviou há mais de uma hora atrás. O cuidado que tem comigo é de uma fofura sem tamanho.
Digito rapidamente uma resposta:
"Bom dia, Lindo. Está tudo bem com Raquel? O que houve? E você, como está?"
Raquel e eu não simpatizamos, é verdade, mas não desejo mal algum a ela. Rafael a ama, é o bastante para que eu me preocupe.
Menos de dois minutos depois de receber minha resposta, Rafael aparece online e sou avisada de que está digitando.
"Quel está bem, felizmente. Não foi nada grave, apenas torceu o pé. Pelo que me disse escorregou no azulejo do banheiro. Ela já está sendo atendida e medicada, não devemos demorar. Fátima está aí com você, certo? Não quero que fique sozinha na situação em que está."
Mordo o lábio inferior, olhando para a tela. Mamãe não virá agora, me avisou em uma mensagem recente. Precisará fazer algumas coisas em casa e questionou se ficarei bem sozinha. Concordei em não haver mal ficar sem a companhia dela, mas prefiro tranquilizar Rafael.
Se eu lhe disser a verdade é capaz de abandonar a irmã para voltar imediatamente para casa.
