Capítulo único

312 9 10
                                    


— Você pode repetir a nossa palavra de segurança, meu bem? — ele sussurrou, a voz quente no meu ouvido. — Provavelmente não será preciso, mas só pra garantir. 

Eu já sentia desejo porque ele logo a pouco tinha adentrado o quarto vestindo somente seu top preto de ginástica e uma cueca justíssima.

— telefone — disse, a voz cortando.

Ele sorriu com os lábios grudados no meu pescoço.

— Então podemos começar... Ele diz, já me guiando para a cama, me fazendo cair sentade.

Cola os lábios no meu, sedento. Me aperta a cintura e a boca voraz não desgruda da minha. Sinto minhas extremidades formigando de vontade e coloco as minhas mãos por dentro da barra da cueca. O desejo desesperadamente. O beijo esquenta até o ar do quarto e ele quase rasga minha blusa ao tentar desabotoa-la, as mãos tremendo.

— você. é. tão. linde. — ele disse pausando um pouco.

Suas mãos passeavam por todo o meu corpo e eu não podia me segurar em fazer o mesmo. Minha pele queimava com o rastro de seu toque, o desejo aumentando cada vez mais. Só de pensar em todas as coisas que ele me mandaria fazer hoje eu sentia tudo em mim latejar. Eu sentia necessidade de mais. Queria ele no meu colo, queria sentir ele rebolando em cima de mim. Os gemidos se faziam ouvir por entre os beijos molhados e eu cada vez mais molhade.

Ele sentou no meu colo, apenas sua cueca e meus shorts nos separando. Eu tremia com seus beijos e carícias. Sentia que ele rebolava lentamente contra a minha cintura, os tecidos resvalando contra o meu sexo e me deixando em um leve transe de desejo. Detestava todos os panos entre a gente na mesma medida que sentia cada rebolada com desespero, sentindo cada fricção.

— Eu... me deixa. Por favor. Colocar. A. Cinta.— falei por entre os beijos. Ele sorriu contra a minha pele.

— Você está tão apresadinhe. Se acalme, meu bem... Sua voz soava quente e rouca no meu ouvido. Ele deslizava a língua contra a minha pele, descendo pela minha cintura e puxando meus shorts pernas abaixo. Cada local que ele encostava incendiava inteiro e eu me sentia como se em combustão.

— Muito apresade e todo molhade. — ele sorriu, respirando com o rosto bem próximo do meu clitóris. Eu sentia cada movimento dele e sou capaz de jurar que andaria de quatro daqui até o inferno se ele mandasse. Putamerda eu sou muito sub mesmo.

Seus lábios encontraram meu sexo molhado e chupavam com desejo. Eu queria mais e rebolei. Suas mãos seguraram firme a minha cintura, me impedindo.

— Calma...

Seu passo não se alterava, na medida certa. Eu gemia baixinho com a cena, tentado a colocar a mão sobre o seu cabelo segurar. Sabia que não devia. Ele dominava. Eu tremia com cada toque molhado, o corpo inteiro só arrepios e ele não sessava. Suas mãos ainda firmes na minha cintura me marcariam se minha pele fosse clara. A pressão era suficiente pra não me deixar esquecer que ele estava no comando. Que ele podia parar. Eu tremia com a possibilidade.

Queria mexer, mas não conseguia. Tudo era o meu prazer e meu prazer e meus gemidos só o alegravam, que sorria contra a minha pele e me deixava ainda mais excitade. Ele me queria gozando na boca, me chupar até a última gota. Só dele naquele momento. Inteiramente pra ele naquele momento.

Não demorou e eu estava mordendo o travesseiro pra não incomodar os vizinhos aquela hora com os meus gritos de orgasmo. Eu sentia o sorriso dele, vitorioso. E querendo mais. Sempre mais.

Ele se afastou por tempo suficiente para voltar com a cinta nas mãos e reacender meu desejo, meu corpo se portando como se não tivesse acabado de atingir o clímax.

Ele encaixou-a em mim com facilidade. Mal sentia a parte interna nesse momento, de tão molhade. Mas sentiria... Quando finalmente pudesse fazer o que estou desejando. Fez as amarrações e tirou a roupa lentamente pra mim, colocando uma playlist do the weeknd para tocar. Se aproximou fazendo uma dancinha no ritmo, brincando com a minha cara.

Abriu as pernas em torno do meu corpo, rebolando ao sentar no meu colo. Gememos juntos, aproveitando a sensação. Ele escorregou as mãos pelo meu corpo, travando uma delas contra o meu pescoço, uma leve pressão. Rebolava devagar no meu quadril, sorrindo imenso pra mim, atrevido. Atrevido. Tentei colocar a mão no seu peito por sobre o top, mas fui impedido. Fez que não com a cabeça, os lábios comprimidos, segurando gemidos entalados na garganta.

Pousei as mãos na cintura mesmo, sem apertar, somente ali. Fazia carinhos com os dedos. Ele ditou o ritmo como quis. Eu mal conseguia me manter de olhos abertos, ele quicando no meu colo com desejo e vontade. Me olhava como se me devorasse, um brilho intenso nos olhos. Mordia tanto os lábios que eu me preocuparia se não estivesse ocupade demais sentindo cada investida dele contra a minha cintura, seu líquido escorrendo contra a minha pele.

— Você tá indo tão bem. — Ele tentava falar sem gemer, falhando. — Merd...

Eu podia ver que ele chegava próximo do orgasmo, suas pernas começando a ficarem trêmulas, seu ritmo vacilando, mas ainda intenso. Colocou as mãos contra o meu peito liso, movimentando-as com carinho ao redor das minhas cicatrizes. Sorriu mais, aumentou ainda mais o ritmo e explodindo gemidos que não segurou, tremendo as pernas contra a minha cintura.

Não esperei que ele se acalmasse.

— Vem aqui... Senta aqui... — fiz um sinal apontando pro meu rosto.

Ele inverteu sua posição, mas não se aproximou o suficiente. Tirou com calma a cinta enquanto eu observava seu sexo bem próximo do meu rosto, mas não onde eu queria. Quando desamarrou a última fita e desencaixou o pênis interno, escorregou a cintura para trás, encaixando-a ao redor da minha boca ao mesmo tempo em que colocava a sua boca contra o meu clitóris e me fez reprimir um gemido e soltá-lo em movimentos desesperados de desejo.

Encaixou as suas mãos na minha bunda, apertando e me trazendo mais pra perto. Eu fazia tudo por impulso e memória, delirando com o toque dele.

— Você é tão deliciose... Tão doce.

Sua voz queimava ainda mais a minha pele, somando ao corpo arrepiado dele sobre o meu. Eu me sentia a beira do colapso, andando na corda bamba.

— Eu v... — não tive tempo de completar. Minha voz saiu extremamente cortada e rouca e isso deve tê-lo motivado, já que ele acabou me apertando ainda mais contra si e brincando com o meu clitóris com a língua, o que me esgotou.

Gemi seu nome e xingamentos enquanto tentava não parar de chupá-lo. Acompanhei com a minha mão, tentando me dar espaço para respirar e gemer enquanto ainda sentia minhas pernas tremerem. Ele insistia com a língua, prologando meu clímax até que atingiu o seu também, gemendo e tremendo.

Ficamos um tempo que pareceram horas assim, enroscados.

Quando ele enfim se moveu, deitando-se de lado, a cabeça apoiada na minha perna, não pude deixar de sorrir com a visão.

— Eu te amo, menine.

Dominante e submisseWo Geschichten leben. Entdecke jetzt